Encontro deliberado pelo 30º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil
A terceira e última mesa do Encontro Nacional de Saúde dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado neste sábado (28), em São Paulo, trouxe o histórico a situação atual da Caixa de Assistência dos Funcionários do banco (Cassi) para pauta de debates.
O dirigente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região e ex-coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Wagner Nascimento, abriu a mesa com um histórico que culmina na atual situação da Cassi. “Desde 2014 vimos que havia um déficit na Cassi, que ficava oculto devido à contribuição do banco sobre o benefício temporário dos funcionários. Mas, desde lá sabíamos que seria preciso haver uma negociação com o banco sobre a Cassi”, disse.
Wagner explicou ainda que foi neste momento que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por meio da CEBB, convocou as demais entidades que representam os funcionários da ativa e aposentados para compor a mesa de negociações sobre a Cassi.
“Foi a partir desta mesa de negociações que surgiu o Memorando de Entendimentos, que deu fôlego de recursos à Cassi”, lembrou o ex-coordenador da CEBB. “Para nosso espanto, logo em seguida a Cassi nos apresentou um relatório de solvência”.
Primeira proposta do BB
O banco apresentou uma proposta e todas as entidades defenderam sua rejeição. Em votação, os associados rejeitaram a proposta e, imediatamente as entidades solicitaram que o banco retomasse a mesa de negociações.
“Chegamos à segunda proposta, que o banco considera ser a definitiva. Algumas entidades defenderam a rejeição e outras a aprovação. Esta proposta, em maio, apesar de obter a maioria dos votos, não obteve o quórum mínimo de associados exigido pelo estatuto da Cassi.
O debate prosseguiu com explanações de diretores e conselheiros eleitos pelos associados e intervenções do plenário.
Defesa da Cassi
“Este encontro foi deliberado pelo 30º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil. Debatemos políticas públicas de saúde, como SUS, e também a Cassi. Foi um dia rico de debate e aprendizados que fecha o mês de defesa da Cassi”, disse o coordenador da CEBB, João Fukunaga.
Fukunaga lembrou ainda que, durante todo o mês foram realizadas reuniões e plenárias nos locais de trabalho, sindicatos e federações para debater e esclarecer os funcionários e toda a categoria sobre a situação da Cassi. Também foram colhidas assinaturas em um abaixo assinado em defesa da Cassi que será entregue à Cassi.
Augusto Domingues, diretor do SindiBancarios, debateu no encontro a insistência do movimento sindical cobrar da direção do BB uma negociação defendendo os interesses dos bancários, “não desistiremos de buscar uma solução pela via negocial. O modelo de autogestão da Cassi é solidário e inclusivo, não vamos abrir mão deste projeto”.
Como se tratava de um encontro apenas organizativo, a CEBB orientou a realização de um dia nacional de luta em defesa da Cassi no dia 3 ou 4 de outubro.
Fonte: Contraf-CUT
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