Mesmo depois de garantido na ACT, categoria precisou cobrar celeridade no processo de abertura
Uma das maiores conquistas da Campanha Nacional dos Bancários de 2020 foi concretizada no dia 08/01. A direção da Caixa reabre o Saúde Caixa para todos os empregados. O Saúde Caixa para Todos está no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e, desde o fim das negociações, as entidades que representam os empregados e o movimento sindical reivindicam a inclusão dos trabalhadores que estavam fora do plano. A demanda já era antiga dos trabalhadores, desde 31 de agosto de 2018, quando os novos contratados não foram inseridos no plano de assistência à saúde. Cerca de 10 mil empregados devem entrar no Saúde Caixa.
O cenário de pandemia estava deixando os empregados que estão fora do Saúde Caixa apreensivos e a gestão da Caixa estava excluindo os trabalhadores do plano de assistência à saúde. A taxa de contaminação voltou a crescer no país e passou de 200 mil óbitos desde o começo da pandemia.
A coordenadora da Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt, que integra o Grupo de Trabalho (GT) Saúde Caixa e também é secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), reafirmou que a inclusão de todos os empregados no plano é uma conquista dos empregados e não uma ação feita pela Caixa.
“A inclusão dos empregados é uma conquista do acordo coletivo e foi um tema muito debatido na Campanha Nacional. A Caixa demorou muito para incluir os colegas, até porque nós da CEE e movimento sindical estávamos cobrando essa demanda desde o ano passado. Se somente agora a SEST (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) autorizou, a Caixa não deveria ter negociado sem ter as convicções de que seria possível colocar todos no Saúde Caixa”, afirmou a coordenadora.
Cobranças para a inclusão
O acordo do novo plano de saúde manteve os princípios de pacto intergeracional, solidariedade e mutualismo e a inclusão dos novos contratados que entraram após 31 de agosto de 2018, principalmente dos PcDs. Com a entrada de todos os trabalhadores no plano, a modalidade de reembolso seria extinta.
Ainda em setembro de 2020, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) encaminhou ofício à Caixa solicitando agilidade no processamento de inclusões dos empregados. A gestão do banco respondeu que havia um impasse junto à SEST para que a ação acontecesse.
Desde então a CEE/Caixa, com o apoio dos movimentos sindicais e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) cobravam o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Fonte: Fenae
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