Após apelo internacional feito pela Central Única dos Trabalhadores – CUT, entidades sindicais e organizações promoveram manifestações de solidariedade aos presos políticos no Chile.
Representantes do SINDIBANCÁRIOS e CUT, levantaram bandeiras de protesto pela libertação de mais de dois mil chilenos presos políticos. O manifesto foi liderado pelos dirigentes sindicais: Moisés Araújo, Leila Ramos e Fabiano Matias e aconteceu na cidade de Porto Seguro, na manhã desta quarta-feira (19/05).
As prisões de mais de 5 mil pessoas aconteceu durante a Revolta Popular Chilena que se iniciou em outubro de 2019. Uma parcela foi solta, porém, mais de duas mil pessoas, entre estudantes e trabalhadoras, na sua grande maioria jovens, continuam encarcerados porque foram às ruas para protestar contra a herança ditatorial de Augusto Pinochet, a destruição da previdência e dos serviços públicos no país.
Durante a ditadura de Augusto Pinochet, o Chile inaugurou, à força, a era no neoliberalismo no continente. A reforma da Previdência, que Paulo Guedes ajudou a implantar lá e implantou boa parte aqui destruiu as esperanças da maioria dos chilenos de uma velhice digna.
O regime ditatorial orientado pela política norte-americana conduziu as privatizações da mineração, dos sistema bancário, dos serviços públicos de saúde, educação e transporte. A economia incluiu uma minoria, enquanto à maioria da população foi relegada à informalidade, pobreza e desalento.
Em 2019, o Chile foi palco de uma das maiores mobilizações populares da história latino-americana. Durante semanas, milhões de chilenos tomaram as ruas de Santiago e das grandes cidades do país, o que avançou para a exigência do fim da herança ditatorial de Pinochet e sua Constituição neoliberal, com a destruição dos serviços públicos e a piora das condições de vida.
Os históricos protestos foram respondidos pelo governo de Piñera com arbitrariedade e violência. Entre 19 de outubro e 6 de dezembro de 2019, mais de 28 mil chilenos foram detidos, com 5.084 manifestantes presos. Até o momento, milhares permanecem em diferentes penitenciárias do país, com pouca ou nenhuma transparência sobre suas situações legais.
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