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Negociações com Mercantil do Brasil avançam

Representação dos trabalhadores obteve importantes conquistas nas propostas de PLR e bolsa educacional no Mercantil do Brasil.

Os Sindicatos juntamente com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banco Mercantil do Brasil se reuniu com a direção do banco nesta quinta-feira, 6 de maio, para dar continuidade às negociações sobre os programas próprios de Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), tanto do banco quanto do Mercantil do Brasil Investimentos, sobre o programa auxílio educacional e o acordo de controle alternativo de jornada de trabalho/ponto eletrônico.

Para Marco Aurélio Alves, diretor do Sindicato de BH e coordenador nacional da COE do banco, as negociações foram tensas, mas os trabalhadores conseguiram avançar em pontos importantes dos acordos. “Conseguimos reduzir a meta do lucro em mais de 12 milhões, o que poderá ocasionar uma melhor remuneração aos funcionários em relação ao programa próprio de PLR, além do aumento dos múltiplos salarias dos escriturários, o que representa avanço da nossa luta pela valorização de todos os funcionários, principalmente dos que têm menores remunerações”, afirmou”.

Avanços na PLR – O movimento sindical conquistou a redução de R$ 12,5 milhões na meta anual de lucro líquido a ser atingido, que baixou de R$ 250 milhões para R$ 237,5 milhões. Com a proposta da representação dos trabalhadores de gatilho de 80% da meta atingida, os bancários do Mercantil do Brasil passam a receber a partir da obtenção de lucro de R$ 190 milhões, que representa uma meta de crescimento de 26% do lucro em relação ao obtido no ano passado.Também foi conquistado o aumento no limite dos múltiplos salariais dos escriturários de agências, em torno de 1.000 funcionários, que passa de 1,7 salário para 2 salários em caso de cumprimento das metas do acordo próprio de PLR.

Outro avanço foi a inserção de cláusula sobre o não desconto do programa próprio sobre o adicional de PLR estipulado pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários. Houve ainda alteração na cláusula décima, sobre revisão anual do acordo, que passa a ter maior periodicidade de reuniões entre a empresa e a representação dos trabalhadores para ajustes necessários devido às incertezas decorrentes da Covid-19.

Auxílio educacional – O bancol aumentou o limite e o valor das bolsas. Eram 100 bolsas de R$ 250. Agora serão 120 bolsas de R$ 280. Os bancários contemplados terão direito a doze parcelas anuais.

Controle da jornada – Foi informado que o mesmo já foi analisado e aprovado em assembleia realizada na base territorial do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região. Dessa forma, não houve contestação dos demais sindicatos e o acordo será avaliado pelas assembleias locais e em conjunto aos demais programas propostos na presente negociação.

Outros assuntos – O Mercantil do Brasil se comprometeu a aderir à cláusula 61 da CCT dos Bancários, sobre prevenção de conflitos, mediante documento que está sendo desenvolvido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Estamos aguardando nova redação dos acordos e, após análise da assessoria jurídica e técnica, chamaremos assembleias específicas para apreciação dos funcionários do Mercantil do Brasil.

Os avanços em relação às cláusulas de prevenção de conflitos e prevenção à violência contra a mulher, são pautas extremamente necessárias para valorização da vida e condições dignas às trabalhadoras e trabalhadores do Mercantil do Brasil. “Vamos continuar mobilizados para lutar e acabar com o assédio moral e melhorar as condições de vida dos funcionários do Mercantil do Brasil.

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

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