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No 1º de Maio, centrais aprovam greve contra reforma em 14 de junho

Ato em São Paulo, no Anhangabaú, reuniu pela primeira vez todas as centrais sindicais do país, além das frentes Povo sem Medo e Brasil Popular. Cerca de 200 mil pessoas estiveram presentes para protestar contra a PEC 6/2019, que dificulta a aposentadoria de milhões de brasileiros.

Em um 1º de Maio histórico, porque pela primeira vez todas as centrais sindicais se uniram em atos conjuntos pelo país, as entidades aprovaram uma greve geral no dia 14 de junho contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro, que vai tornar a aposentadoria um sonho distante para milhões de brasileiros.

Em São Paulo, o ato político e cultural no Vale do Anhangabaú reuniu cerca de 200 mil trabalhadores, durante toda a quarta-feira. Na ocasião, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, conduziu votação entre os presentes, que aprovou por unanimidade a greve para o dia 14. “Está aprovado! O Brasil irá parar em defesa do direito à aposentadoria dos brasileiros e das brasileiras. A única forma de barrar essa reforma é fazer o enfrentamento nas ruas. É greve geral”, disse. A proposta de Bolsonaro e seu guru, Paulo Guedes [ministro da Economia], é cruel com o povo. Querem acabar com o auxílio-doença, dificultar o auxílio-maternidade, acabar com o direito dos trabalhadores, sobretudo os mais pobres, de receberem pensão e aposentadoria para sobreviver. É por isso que vamos parar dia 14.”

“A proposta de capitalização só enriquece os bancos, sem ganho algum para os trabalhadores. Além disso, aniquila o tripé de sustentação da Seguridade Social – formado por Saúde Pública, Previdência Social e Assistência Social e financiado pelo trabalhador, empregador e governo –, assegurada na Constituição de 1988 e que contempla, entre outros, o salário-maternidade e o auxílio-doença”, lembrou Vagner.

A dirigente também destacou que a proposta é pior ainda para as mulheres: “Lembremos também que a proposta obriga as trabalhadoras que, muitas vezes tem jornada tripla, ter 40 anos de contribuição para receber o benefício integral. Ou seja, inviabiliza a aposentadoria para dezenas de milhões de mulheres brasileiras que hoje, além do trabalho fora e do sustento de casa, muitas vezes cuidam dos filhos, dos idosos e ainda têm a maior parte dos afazeres domésticos”, acrescentou

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