Romaria de Bom Jesus da Lapa e Carnaval de Salvador ganham status oficial como expressões culturais nacionais
- pixealagencia
- 8 de set.
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Bahia celebra o reconhecimento federal de duas tradições que simbolizam fé, folia e identidade popular.

A Bahia obteve um importante reconhecimento cultural: o Carnaval de Salvador e a Romaria do Senhor Bom Jesus da Lapa foram oficialmente elevados a manifestações da cultura nacional em ato publicado no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, 8 de setembro. A decisão confirma a relevância dessas expressões como patrimônios que integram o DNA do Brasil.
O Carnaval de Salvador, celebrado no Nordeste como a maior festa de rua do planeta, agora caminha para ser formalmente incluído como símbolo legal da cultura popular. A sua consagração como patrimônio nacional representa reconhecimento à música, à dança, à resistência afro-brasileira e ao turismo como força vital da economia e da identidade comunitária.
Ao mesmo tempo, a Romaria de Bom Jesus da Lapa, que atrai centenas de milhares de fiéis à gruta sagrada entre o fim de julho e início de agosto, ganha status cultural que reconhece sua dimensão simbólica além da religiosidade. O evento expressa ancestralidade, devoção popular e a riqueza das tradições de fé que moldaram a Bahia e impactam todo o país.
Este reconhecimento federal fortalece o debate sobre a cultura como bem coletivo. Ao reconhecer tanto a exuberância festiva do Carnaval quanto o sentido sacro da Romaria, o país reafirma que cultura é patrimônio da sociedade, produto de criações populares — não mercadoria a ser comercializada isoladamente.
A Bahia, portanto, celebra a diversidade em suas formas mais autênticas — e o reconhecimento chega num momento simbólico, no Dia da Pátria, como reafirmação da luta pela valorização das identidades regionais. A cultura baiana, pluricultural e resiliente, mais uma vez se firma como referência nacional.
Esses reconhecimentos abrem caminhos para políticas públicas culturais mais inclusivas e reforçam a importância do apoio legal às manifestações populares. Servem ainda como baluarte de resistência contra tentativas de mercantilização ou apagamento dessas raízes profundas que fazem parte do viver coletivo.
Fonte: Agência Brasil/EBC





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