Paralisação é “esquenta” para a greve geral do dia 14 de junho
O Sindicato apoia a greve dos trabalhadores da Educação, que irá acontecer nesta quarta-feira (15). A paralisação é contra o corte de verbas para a educação, anunciado pelo Ministro da Educação, Abraham Weintraub, no dia 30 de abril, e contra a proposta desumana de Reforma da Previdência. O anúncio de corte de verbas, feito pelo Governo Federal, determinou o bloqueio de 30% da verba destinada às universidades e institutos federais. A medida coloca em risco serviços básicos e impede a realização de pesquisas, projetos e serviços acadêmicos. Os impactos da decisão já podem ser sentidos. De acordo com dados levantados pela Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados, o corte de investimentos compromete R$2,1 bilhões das universidades, R$ 860,4 milhões dos Institutos Federais e R$914 milhões da educação básica. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) identificou na quinta-feira (2) que o Governo Federal bloqueou 41% das verbas destinadas à manutenção da instituição. Ou seja, um corte de R$114 milhões, que impedirá serviços como abastecimento de água, energia elétrica, limpeza e segurança. De acordo com a nota publicada pela UFRJ, o bloqueio dos investimentos impede o desenvolvimento de obras e a compra de equipamentos utilizados em instalações como laboratórios e hospitais. Dentre as quatro justificativas diferentes, apresentadas pelo ministro da Educação, sobre a necessidade do corte dos investimentos, até hoje, nenhuma foi plausível. O ex-ministro da Educação e professor universitário, Ricardo Janine Ribeiro, afirma que a decisão é ideológica. “Essas mudanças de justificativa mostram que a decisão é ideológica porque não têm base real, dados nem projetos. “Não consigo ver lógica nisso. Parece que estão sem saber o que fazer com a educação. Estes discursos vêm da base de Olavo de Carvalho e são contrários a área de educação porque eles consideram a liberdade pessoal e de costumes como imoral, e culpam a educação por ela”, afirmou o professor.
Greve Geral
A paralisação é um “esquenta” para a greve geral, que será realizada pela CUT e demais centrais sindicais (Força, UGT, CTB, CGTB, Intersindical, CSP-Conlutas, Nova Central), no dia 14 de junho, em todo o país. Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Heleno Araújo, a adesão à greve geral cresceu ainda mais depois do anúncio do governo. “O corte de investimentos na educação atraiu o apoio de pais, mães e alunos preocupados com os rumos do ensino público no Brasil”, disse.
Na data, serão realizadas assembleias, atos, mobilizações, panfletagens nas praças, nos locais de trabalho, nas ruas da cidade, com objetivo de explicar como a reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro impactará na vida da classe trabalhadora.
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