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Abril Verde reforça a importância da saúde física e mental de bancários e bancárias.

  • pixealagencia
  • 7 de abr.
  • 2 min de leitura

Data mundial chama atenção para o adoecimento dos trabalhadores e destaca papel fundamental da luta sindical por melhores condições de trabalho

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A rotina dos trabalhadores do sistema financeiro é marcada por metas agressivas, pressão constante e jornadas intensas. Nesse contexto desafiador, o mês de abril – simbolizado pela cor verde – ganha destaque como um período de reflexão e ação, principalmente com a chegada do Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril. A data, instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS), reforça a necessidade de priorizar a saúde integral da população, especialmente daqueles que movimentam a economia do país.


Desde 1950, o Dia Mundial da Saúde tem sido uma oportunidade de mobilização para que governos, empresas e entidades promovam políticas voltadas ao bem-estar. Para os bancários e bancárias, essa pauta se entrelaça com o movimento Abril Verde, que chama atenção para a prevenção de doenças relacionadas ao trabalho e pela promoção de ambientes mais saudáveis.


De acordo com Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, garantir condições dignas de trabalho é uma questão central. “A saúde do trabalhador bancário precisa ser compreendida para além da ausência de doenças. É preciso atuar na prevenção, oferecer suporte e construir um ambiente onde o bem-estar seja real e constante”, defende.


Dados preocupantes sobre a saúde da categoria


A preocupação com o adoecimento da categoria não é à toa. Lesões por esforço repetitivo (LER/DORT), dores posturais, ansiedade, depressão e outros transtornos emocionais são queixas recorrentes. E a realidade se comprova com números: uma pesquisa nacional realizada em 2023 pela Contraf-CUT, em parceria com pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), revela um quadro alarmante entre os mais de 5.800 bancários ouvidos:

• 76,5% disseram ter desenvolvido algum problema de saúde ligado ao trabalho;

• 40,2% estavam em acompanhamento psiquiátrico no momento da pesquisa – destes, 91,5% faziam uso de medicação controlada;

• 54,5% apontaram o trabalho como o principal motivo para procurar atendimento médico.


Esses dados escancaram a urgência de políticas voltadas à saúde mental no setor financeiro. “Vivemos uma epidemia silenciosa de transtornos mentais, e os bancários estão entre os mais afetados. Precisamos agir com seriedade e responsabilidade”, alerta Mauro Salles.


Conquistas e o papel da organização sindical


A atuação do movimento sindical tem sido essencial na defesa da saúde da categoria. Um avanço importante ocorreu em 2024, durante as negociações da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com a inclusão do termo “assédio moral” no texto do acordo. Essa conquista é um marco no reconhecimento de práticas nocivas, como cobranças abusivas, metas inalcançáveis e competitividade excessiva, como causas diretas de adoecimento.


“Não vamos recuar nessa pauta. Nossa luta é por mudanças estruturais que enfrentem, de fato, as raízes desse problema. Os bancos precisam assumir a responsabilidade de cuidar dos seus trabalhadores”, reforça o secretário.


Um chamado à ação no Abril Verde


Neste Abril Verde, o Dia Mundial da Saúde representa mais do que uma data simbólica: é um alerta para a urgência de mudanças no setor. “É o momento de reconhecer as dificuldades enfrentadas por bancários e bancárias e de reafirmar nosso compromisso com um ambiente de trabalho mais humano, saudável e justo”, conclui Mauro Salles.


Cuidar da saúde física e mental de quem trabalha é um direito e, mais que isso, um investimento necessário para um futuro com mais equilíbrio e dignidade para todos.

 
 
 

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