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Ao mudar forma de atendimento, Caixa piora ainda mais as condições de trabalho.

Conselheira Rita Serrano fiscalizou na manhã desta quinta, 7, agência de Ribeirão Pires, no ABC Paulista, e destacou necessidade de medidas urgentes para mudar esse cenário.

A Caixa mudou a forma de atendimento para reduzir as aglomerações e filas causadas pelo pagamento do auxílio emergencial, mas a entrada da população nas agências piorou ainda mais as condições de trabalho e os riscos de contaminação pela covid-19 para todos. A avaliação é da conselheira representante dos empregados do banco, Rita Serrano, que na manhã desta quinta, 7, esteve na unidade de Ribeirão Pires, na região do Grande ABC Paulista.

“O desrespeito é gritante com empregados e sociedade. Os bancários estão sendo chamados para abrir as agências às 5h, 6h da manhã; as pessoas entram, nem sempre com a distância de assentos necessária sendo respeitada, o ar condicionado é ligado, há gente que ainda não possui máscara… É um risco ampliado para se contrair a doença”, afirma a conselheira, que já apresentou várias alternativas para redução do problema. “Nesse momento as filas até diminuíram, pois o pico de pagamento dessa parcela já foi. Mas outras virão, e talvez sejam necessárias até mais do que as já aprovadas. É urgente adotar ações de proteção”, destaca.

Confira, abaixo, as principais avaliações da conselheira e o vídeo com sua participação na agência de Ribeirão Pires.

Desinformação: há necessidade de que o governo federal atue para oferecer um atendimento digno à sociedade, já que o decreto que estabeleceu o auxílio emergencial traz contradições, restringiu o acesso a quem pode utilizar internet e faz com que a maioria dos que estão nas filas busquem apenas por informações.

Falta de planejamento: a demanda dos que procuram pelo auxílio é muito maior do que a estimada pelo governo federal, o que denota desconhecimento e falta de planejamento. Parcerias deveriam ser efetuadas com governos estaduais e/ou municipais.

Importância de compartilhamento: outros bancos poderiam compartilhar do serviço de pagamento, reduzindo as filas e riscos para todos (bancários e sociedade). Distribuição de máscaras – é fundamental a distribuição de máscaras. A Caixa distribui a seus empregados, mas o governo deveria oferecer aos que estão nas filas.

Agilidade x improviso – o banco foi ágil na elaboração de aplicativo, mas adotou medidas de improviso ao estabelecer o funcionamento de agências no final de semana sem a devida comunicação com a sociedade.

Tentativa de readequação – mais vigilantes e recepcionistas contratados e mais de 3 mil funcionários realocados foram ações anunciadas pela Caixa. Medidas importantes já reivindicadas pela conselheira e movimento sindical, mas que podem se tornar menos efetivas pela falta de planejamento do governo.

Relatos de violência – há relatos de agressões a empregados do banco, em especial em Manaus (AM), onde são altos os índices de contaminação e mortes pela covid-19. A conselheira contatou o banco e o VP de Rede deve visitar a capital nesta sexta-feira.

Comprometimento – Não cabe ao empregado da Caixa orientar à sociedade, mas sim ao governo federal, que demonstra seu descaso com essa população. Muitas vezes a imprensa coloca a culpa no trabalhador da Caixa, o que não é correto. Todos eles estão comprometidos com o trabalho, em home office ou nas agências, sob pressão dobrada, da direção e dos usuários, com expediente em finais de semana e jornada diária que extrapola o horário normal.

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