Aposentados do Itaú lotam audiência pública na Alesp em defesa do plano de saúde
- pixealagencia
- 23 de jun.
- 2 min de leitura
Mobilização cobra subsídio patrimonial e critica falta de flexibilização por parte do banco

Aconteceu nesta segunda-feira (23/6), no Auditório Teotônio Vilela da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), uma audiência pública lotada por aposentados do Itaú, sindicalistas e parlamentares para discutir o futuro do plano de saúde dos trabalhadores inativos. A iniciativa foi promovida pelo deputado Luiz Cláudio Marcolino (PT-SP), bancário licenciado do Itaú e vice-presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Alesp .
A mobilização foi motivada pela retirada, pelo banco, do subsídio ao plano de saúde garantido pela Convenção Coletiva de Trabalho, o que forçou a migração de aposentados para planos individuais com mensalidades superiores a R$ 2.100 por pessoa — chegando a mais de R$ 4.200 para casais .
Na audiência, entidades sindicais propuseram a criação de uma faixa específica para aposentados e a suspensão imediata dos reajustes, enquanto as negociações estão em curso. O banco, entretanto, não encaminhou nenhuma proposta concreta .
A Contraf‑CUT e sindicatos regionais destacaram a importância dessa mobilização para visibilizar a luta, ressaltando que os custos elevados estão colocando em risco a continuidade do acesso à assistência médica dos inativos. O presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro afirmou que muitos aposentados chegam a gastar mais da metade da renda com o plano, deixando de garantir alimentação ou medicamentos .
Durante o evento, foram aprovadas indicações para que a Procuradoria da Alesp ingresse com ação civil pública contra o Itaú e para que haja cobrança de explicações ao banco e à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A participação ativa da comunidade mostrou o grau de gravidade da situação e reforçou a pressão por medidas urgentes.
Segundo o diretor Jair Alves, da Contraf‑CUT, “as audiências em São Paulo e no Rio de Janeiro fortalecem a visibilidade da causa. Agora a luta passa também pela pressão institucional sobre o banco, além da ação judicial” .
A mobilização continua em curso e reforça a necessidade de assegurar assistência médica digna, inclusiva e acessível aos bancários aposentados, que dedicaram grande parte de suas vidas ao setor financeiro.





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