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Banco Bradesco lucra R$ 18,1 bilhões até setembro com alta de 28,2%, e continua cortando postos de trabalho

  • pixealagencia
  • 3 de nov.
  • 2 min de leitura

Enquanto os resultados financeiros batem recordes, o banco promove reduções de pessoal e fechamento de unidades — um alerta para a valorização dos trabalhadores e a qualidade do atendimento


Imagem: Contraf/CUT
Imagem: Contraf/CUT


O Banco Bradesco divulgou lucro líquido recorrente de R$ 18,136 bilhões nos nove primeiros meses de 2025 — um crescimento de 28,2% em relação ao mesmo período de 2024.

Apesar desses números expressivos, o banco segue promovendo cortes de postos de trabalho e redução de agências, o que acende sinais de alerta para os trabalhadores e para a sociedade.



Principais indicadores



  • O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) atingiu 14,6%, com alta de 3,3 pontos percentuais em 12 meses.

  • A carteira de crédito expandida já superou R$ 1 trilhão, com crescimento de 9,6% em 12 meses, impulsionada por crédito à pessoa física (+13,8%), rural (+75,6%) e imobiliário (+14,5%).

  • Mesmo com crescimento da carteira, houve eliminação de 2.361 postos de trabalho em 12 meses — dos quais 2.557 eram bancários.

  • No período, foram fechadas 296 agências, 1.246 postos de atendimento (PA/PAE) e 61 unidades de negócios.




O que isso significa para os trabalhadores e para a categoria


Para a representação sindical, o cenário evidencia uma contradição: o banco cresce e lucra de forma robusta, mas segue reduzindo o quadro de pessoal e diminuindo a rede de atendimento, o que pode trazer impactos negativos como:


  • Sobrecarga de trabalho para os que permanecem;

  • Aumento de metas e pressão por produtividade, tornando o ambiente mais agressivo;

  • Prejuízo para o atendimento à população, especialmente em regiões com acesso mais restrito;

  • Fragilização dos direitos trabalhistas, pois cortes e fechamentos implicam menor poder de negociação coletivo.



A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Erica de Oliveira, criticou essa lógica:


“Enquanto o banco comemora lucros bilionários … os trabalhadores vivem sob uma pressão cada vez maior, com metas abusivas. As demissões e o fechamento de agências mostram que o Bradesco tem colocado o lucro acima das pessoas — tanto dos funcionários quanto dos clientes.”





Considerando nossa base no extremo sul da Bahia


Como diretor do sindicato dos bancários da região, é importante destacar para nossa base que:


  • Mesmo com resultados positivos para o banco como um todo, podem existir impactos locais — fechamento de agências, demissões ou reestruturações que afetam a realidade dos trabalhadores na nossa região;

  • É essencial manter a mobilização, o acompanhamento da mesa de negociações e exigir que o banco aplique parte dos lucros na valorização da categoria (salário, PLR, condições de trabalho) e no atendimento à comunidade;

  • O sindicato deve intensificar a fiscalização de condições de trabalho, jornadas, saúde ocupacional e garantir que não haja descarregamento de custos da lucratividade sobre os bancários e bancárias.


 
 
 

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