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Banco do Brasil registra queda de 47,2% no lucro dos primeiros nove meses de 2025

  • pixealagencia
  • 18 de nov.
  • 2 min de leitura

Sindicato alerta para sobrecarga de trabalho, metas abusivas e exige contratações para preservar o papel público do banco


Imagem: Contraf/CUT
Imagem: Contraf/CUT

No acumulado dos primeiros nove meses de 2025, o Banco do Brasil obteve um lucro líquido ajustado de R$ 14,943 bilhões, representando uma queda de 47,2% em comparação ao mesmo período de 2024, quando o resultado alcançou R$ 28,317 bilhões.


A retração expressiva no resultado financeiro está associada, segundo relatório da entidade bancária, à deterioração dos indicadores de risco da carteira de crédito — especialmente no segmento de agronegócio. A inadimplência nessa linha saltou de 1,97% no 3º trimestre de 2024 para 5,34% no período equivalente deste ano.  Além disso, as provisões para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) cresceram 48,7% em 12 meses, totalizando R$ 47,129 bilhões até setembro.



Queda no quadro de trabalhadores e pressão sobre a categoria


O banco também registrou redução no número de funcionários: ao fim de setembro de 2025 eram cerca de 85.802 empregados, uma queda de 1.299 postos em 12 meses e 157 no último trimestre.  Mesmo com o quadro menor, o índice de eficiência manteve‑se em 28,1%, o que indica maior intensidade do trabalho para os que permanecem.


Para a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), representada por sua coordenadora, Fernanda Lopes, o desempenho preocupa: “A direção do BB está sustentando um modelo de gestão baseado em pressão por metas descoladas da realidade, o que intensifica o ritmo de trabalho e leva muitos colegas ao adoecimento.”



Papel público do banco e desafio para o futuro


Como banco público, o Banco do Brasil tem missão além do lucro — inclui desenvolvimento nacional, apoio ao pequeno agricultor, manutenção de agências em regiões remotas e ofertas de crédito que estimulem a economia local. O sindicato alerta que a redução de pessoal e o enfraquecimento da estrutura podem comprometer esse papel estratégico.


“Para cumprir sua missão, é essencial manter uma estrutura sólida de agências e profissionais capazes de atender a diversidade de públicos e territórios do país”, afirma Fernanda Lopes.



Reivindicações da categoria bancária


Diante desse cenário, o sindicato defende:


  • Contratações imediatas para repor o quadro de empregados e evitar sobrecarga;

  • Fim das metas abusivas que pressionam o trabalhador e geram adoecimento;

  • Transparência e diálogo com os trabalhadores sobre os critérios de avaliação, resultados e impacto da crise de crédito;

  • Preservação do atendimento presencial, especialmente em regiões interioranas e menos assistidas, para garantir o acesso da população.


 
 
 

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