Banco Mercantil do Brasil registra lucro de R$ 737,6 milhões no 1º semestre e cresce 34,8% — mas o efeito da expansão era pouco visível para os trabalhadores
- pixealagencia
- 12 de nov.
- 2 min de leitura
Mesmo com número expressivo de crescimentos, é hora de a categoria bancária questionar como essas conquistas se refletem em valorização e condições de trabalho

Nos nove primeiros meses de 2025, o Banco Mercantil do Brasil alcançou um lucro líquido contábil de R$ 737,6 milhões, avanço de 34,8% em relação ao mesmo período do ano anterior (quando o resultado foi de R$ 547,2 milhões).
O banco destacou que esse foi o 12º trimestre consecutivo de recorde de lucro.
Esse desempenho foi sustentado por uma forte expansão da carteira de crédito, que chegou a R$ 21,6 bilhões — alta de 30,5% em 12 meses — além de crescimento expressivo nas receitas com crédito (+30,4%) e em títulos e valores mobiliários (+118,5%).
O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) alcançou cerca de 45%, 3,9 pontos percentuais acima do ano anterior.
O que isso significa para os trabalhadores bancários e para a categoria
O resultado demonstra que o banco está conseguindo crescimento robusto e lucros elevados, o que evidencia que há valor sendo gerado dentro da instituição.
No entanto, o dado também levanta questões: se o banco cresce, como isso está se traduzindo em valorização dos bancários, melhores condições de trabalho, crescimento de empregos ou manutenção de direitos?
A expansão da carteira de crédito e dos lucros não garante automaticamente melhoria nas condições de trabalho. Sem negociação sindical, a categoria pode ver os frutos desse crescimento sendo apropriados sem participação ou benefícios proporcionais.
Como sindicato dos bancários da região, é importante utilizar esses resultados como argumento para reivindicar:
melhores salários ou PLR proporcional ao desempenho da empresa;
garantia de manutenção de empregos, progressão de carreira e condições de trabalho decentes;
envolvimento dos bancários nos processos de tomada de decisão interna da empresa — mais transparência e participação.





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