Bancárias e Fenaban reforçam compromisso com a igualdade de gênero no ambiente de trabalho
- pixealagencia
- 8 de abr.
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Em cerimônia de divulgação do 3º Relatório de Transparência Salarial, categoria reafirma compromisso pelo fim da desigualdade de gênero no país.
Durante evento realizado em Brasília, a luta por equidade de gênero no mercado de trabalho ganhou novo fôlego com o lançamento da carta pública “Eu Apoio o Movimento pela Igualdade no Trabalho”. A iniciativa contou com a adesão de representantes da categoria bancária, incluindo o Comando Nacional dos Bancários, e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou que a desigualdade salarial entre homens e mulheres permanece como um obstáculo estrutural e que a transformação dessa realidade exige mudanças profundas dentro das empresas. Para ela, a inclusão de mais mulheres, com salários justos e oportunidades reais, deve ser vista como um benefício coletivo.
Na mesma cerimônia, o governo federal apresentou o “Guia para Negociações Coletivas com Perspectiva de Gênero”, que orienta sindicatos e empregadores sobre como enfrentar as disparidades salariais e de acesso no mundo do trabalho. A secretária nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados, Rosane Silva, reforçou que só a legislação não basta — é preciso fortalecer a negociação coletiva como instrumento real de transformação.
O conteúdo da carta pública é embasado em dados que escancaram a desigualdade de gênero e suas consequências para a economia. Segundo estudos, garantir igualdade de oportunidades entre homens e mulheres pode ampliar significativamente o PIB global. No Brasil, o impacto seria de cerca de R$ 382 bilhões.
A coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro, assinou a carta em nome da categoria, reafirmando o compromisso com a construção de um ambiente bancário mais justo e inclusivo. Ela lembrou que há mais de duas décadas a categoria mantém uma mesa de negociação dedicada à igualdade de oportunidades, reforçando que a luta é constante.
A adesão também foi firmada por representantes da Fenaban, o que sinaliza um avanço importante na relação entre bancos e trabalhadores no que diz respeito à equidade de gênero.
Entre os avanços destacados no encontro, está a conquista de bolsas de estudo para mulheres na área de tecnologia da informação — um passo estratégico para ampliar a presença feminina em setores onde ainda são minoria.
Para Fernanda Lopes, secretária da Mulher da Contraf-CUT, o movimento sindical tem papel essencial nesse processo. “A mobilização e a organização das bancárias e bancários têm sido decisivas para que possamos avançar. Ainda há um longo caminho, mas seguimos firmes na construção de um futuro com mais igualdade”, afirmou.





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