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Bancárias reforçam unidade e pautas de igualdade na Plenária de Mulheres da CUT

  • pixealagencia
  • 17 de out.
  • 2 min de leitura

Evento debate desigualdades de gênero, raça e presença política, apontando caminhos de mobilização e poder coletivo


Imagem: Contraf/CUT
Imagem: Contraf/CUT

Na manhã desta quinta-feira (16), em São Paulo, ocorreu a Plenária das Mulheres da CUT, com participação presencial e virtual de centenas de dirigentes sindicais e representantes de movimentos sociais de todo o país. Entre elas, muitas bancárias, que somaram suas vozes para fortalecer demandas específicas da categoria e reafirmar a luta por igualdade e representatividade.


A socióloga e diretora técnica do Dieese, Adriana Marcolino, apresentou o cenário do mercado de trabalho: apesar de recente melhora nos índices gerais, ressaltou que mulheres — especialmente jovens e negras — continuam concentradas em empregos informais, com maior vulnerabilidade.


Amanda Corcino, secretária da Mulher da CUT Nacional, contextualizou a plenária num momento desafiador:


“Mesmo com um governo progressista, precisamos reconstruir direitos perdidos e enfrentar o desemprego e a retirada de direitos. As mulheres foram e são as mais afetadas.”


A presidenta da Contraf‑CUT e vice‑presidenta nacional da CUT, Juvandia Moreira, lembrou que a luta não pode ser tratada apenas sob a ótica de classe, mas com recortes de gênero, raça e orientação sexual. Para ela, quando não se considera “quem” está na classe trabalhadora, perde-se parte da luta por justiça.  Ela também defendeu que mulheres ocupem espaços de poder político nos níveis municipais, estaduais e federal, citando exemplos de modelos de representação paritária adotados em outros países latino‑americanos.


Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato das Bancárias de São Paulo, Osasco e Região e anfitriã da plenária, destacou que a jornada da mulher no movimento sindical é dupla — às pressões externas unem-se os preconceitos internos. Para Neiva, é urgente fortalecer políticas que apoiem mulheres em todas as etapas da vida — da maternidade ao envelhecimento — e garantir que as lideranças femininas sejam ouvidas e valorizadas.





Diretrizes aprovadas para a estratégia das mulheres trabalhadoras



Durante a plenária foram aprovadas propostas que servirão como guia de mobilização e pressão política, entre elas:


  • Igualdade salarial e acesso à ascensão no mercado de trabalho;

  • Redução da jornada de trabalho sem perda de remuneração;

  • Paridade de representação feminina nos espaços de poder e tomada de decisão política;

  • Combate à todas as formas de violência contra mulheres, inclusive no ambiente de trabalho;

  • Ratificação brasileira das Convenções da OIT nº 190 (sobre gênero, assédio e violência no trabalho) e 156 (igualdade de oportunidades e tratamento para homens e mulheres).



Uma audiência pública já foi agendada com o presidente da Câmara dos Deputados para tratar da tramitação dessas convenções, reforçando o compromisso da CUT com a pauta feminina.

 
 
 

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