Boatos sobre reestruturação na Caixa preocupam trabalhadores e mobilizam entidades sindicais

Contraf-CUT cobra esclarecimentos da direção do banco e reforça necessidade de diálogo sobre funções de caixas e tesoureiros

Imagem: Contraf/CUT

Circulam entre os empregados da Caixa Econômica Federal informações não oficiais sobre uma possível reestruturação envolvendo as funções de caixas e tesoureiros. A divulgação desses rumores tem gerado insegurança nas unidades do banco em todo o país e motivou a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) a cobrar esclarecimentos formais da direção da empresa.

Na última quinta-feira (13), a Contraf-CUT enviou um ofício à direção da Caixa solicitando informações detalhadas sobre a veracidade dos boatos e exigindo a retomada do processo de negociação com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), instância que representa os trabalhadores na mesa de diálogo com a empresa.

De acordo com relatos recebidos pelos sindicatos, gestores estariam orientando empregados que exercem as funções de caixa e tesoureiro a participarem de uma atividade interna chamada “Ação Consultiva – ReprogAME sua Trajetória”, apresentada como um treinamento de reavaliação de carreira. No entanto, a preocupação é de que tal ação represente, na prática, o início de um processo de reestruturação não negociado, o que contraria o que vem sendo defendido pelos representantes dos trabalhadores.

Felipe Pacheco, coordenador da CEE/Caixa, destacou que qualquer mudança estrutural no banco precisa ser discutida com os empregados. “Estamos tratando dessas funções com a direção da Caixa desde o ano passado. Não aceitaremos decisões unilaterais que afetem a carreira dos trabalhadores. O respeito ao processo de negociação é fundamental”, afirmou.

A Contraf-CUT solicitou à Caixa que se pronuncie oficialmente sobre os boatos, forneça informações detalhadas e agende, com urgência, uma reunião com a representação dos empregados. Caso não haja resposta da direção do banco, a entidade sindical promete tomar todas as medidas necessárias para assegurar os direitos dos trabalhadores.

A mobilização dos sindicatos continua e a categoria permanece atenta aos desdobramentos dessa possível reestruturação.