Bradesco anuncia aumento bilionário nos lucros, enquanto funcionários enfrentam sobrecarga e insegurança.
- pixealagencia
- 31 de jul.
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Resultado de R$ 6,1 bilhões no 2º trimestre expõe contraste entre ganhos financeiros e realidade nas agências

O Bradesco divulgou, nesta quinta-feira (25), um lucro líquido recorrente de R$ 6,1 bilhões no segundo trimestre de 2025 — um crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O número, que representa o melhor resultado trimestral desde 2022, foi recebido com entusiasmo pelo mercado, mas acende um alerta entre trabalhadores e entidades sindicais.
Apesar do desempenho positivo, o banco segue adotando práticas que impactam negativamente a vida de seus funcionários. Cortes de pessoal, fechamento de agências e cobrança por metas elevadas têm gerado sobrecarga, insegurança e adoecimento entre os bancários.
Além disso, a digitalização acelerada, usada como justificativa para a redução de estruturas físicas e equipes, vem dificultando o atendimento presencial, principalmente para a população mais vulnerável, como idosos e pessoas com menos acesso à tecnologia.
O crescimento de 8,4% da margem financeira e o aumento da carteira de crédito mostram a força do banco no mercado. No entanto, os sindicatos alertam que os lucros não vêm sendo acompanhados de investimentos na melhoria das condições de trabalho ou na valorização dos profissionais da linha de frente.
A taxa de inadimplência também preocupa: subiu para 5,5%, reflexo do endividamento das famílias brasileiras e da política de crédito adotada pelo sistema financeiro, que pouco dialoga com a realidade econômica da população.
Diante disso, o movimento sindical reforça a necessidade de diálogo com o Bradesco para garantir que os avanços financeiros também resultem em melhorias concretas para os trabalhadores e clientes.





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