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BRICS lança sistema de pagamentos inspirado no Pix para reduzir domínio do dólar

  • pixealagencia
  • 18 de ago.
  • 2 min de leitura

BRICS Pay permite transações entre Estados membros com moedas locais, fortalecendo a autonomia financeira do bloco

Imagem: Click Petróleo e Gás
Imagem: Click Petróleo e Gás

O bloco econômico BRICS — formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e, mais recentemente, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia — deu um passo estratégico para diminuir sua dependência do dólar no comércio internacional ao lançar o BRICS Pay durante a cúpula realizada em Kazan, na Rússia. O sistema de pagamentos digitais foi inspirado no modelo brasileiro do Pix, com o objetivo de facilitar transações diretas entre países-membros usando suas respectivas moedas locais .



Desenvolvimento, funcionamento e benefício regional


O BRICS Pay é uma plataforma descentralizada que interliga instituições financeiras e bancos centrais dos países-membros. Inspirado por sistemas já existentes, como o CIPS da China e o SPFS da Rússia, o mecanismo viabiliza pagamentos e liquidações em moedas locais — como o real, yuan, rúpia e rand — eliminando a necessidade de conversão via dólar ou euro. O resultado esperado é a redução de custos, aceleramento das operações e aumento da competitividade do blocο nas trocas internacionais  .



Impacto político-econômico e novo rumo monetário


Historicamente, o dólar tem ocupado posição central no comércio global, sendo usado em aproximadamente 84% das transações internacionais. Isso coloca países como os do BRICS em posição vulnerável, especialmente diante de pressões geopolíticas ou sanções financeiras estruturais. A implantação do BRICS Pay representa, portanto, uma forma de fortalecer a soberania econômica do bloco e garantir maior estabilidade frente a crises globais  .



Potencial transformador e próximos passos


Embora o BRICS Pay ainda esteja em fase de testes — sobretudo por China e Rússia —, sua implementação sinaliza uma mudança significativa. Ao permitir que exportadores, por exemplo no agronegócio brasileiro, recebam pagamentos diretamente em moedas fortes locais como yuan ou rúpia, o sistema pode evitar perdas cambiais e reduzir custos financeiros  .


O lançamento deste sistema financeiro é interpretado por especialistas como um dos movimentos mais promissores contra a hegemonia do dólar. Contudo, sua adoção plena dependerá de confiança entre os Estados-membros, capacidade técnica e consistência nas políticas econômicas de cada país.

 
 
 

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