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Caixa vai negociar PQV



Após cobrança realizada pelo movimento de representação dos empregados, a Caixa Econômica Federal convocou reunião para negociar mudanças no Programa de Qualidade de Vendas (PQV). A versão do programa apresentada pelo banco aumenta as punições para as empregadas e empregados que não cumprirem as metas estabelecidas. A reunião de negociação será realizada na sexta-feira (19), a partir das 14h.


“As empregadas e empregados não podem ser penalizados pelo fato de clientes cancelarem produtos seguindo orientação enviada pela própria Caixa”, disse o empregado da Caixa e dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rafael de Castro.


A diretora-executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil, lembra ainda da importância da gestão humanizada pelo banco. “Não há motivo para proibir os trabalhadores de participarem de Processos de Seleção Interna (PSI) e muito menos usar de ameaças de encaminhar para a corregedoria, como sugere a proposta do PQV apresentada pela Caixa”, observou.


“Sabemos que existe uma boa vontade da nova gestão para não haver qualquer prejuízo aos trabalhadores, e esperamos que, na reunião de sexta-feira, sejam sanados os problemas nesse PQV transitório”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.


Fala do Sindibancários Extremo Sul da Bahia

Para o diretor sindical Carlos Eduardo Coimbra, com a posse da nova gestão da Caixa gerou-se uma grande expectativa para mudar o ambiente de trabalho nas unidades do banco. "A própria presidenta eleita afirmou que iria desempenhar todo esforço necessário pra acabar com a gestão do medo. Essa gestão do medo é caracterizada pelo assédio moral, pelas metas abusivas, e por todo o ambiente de trabalho adoecedor que estava instalado nas unidades da Caixa".


"Essa expectativa, que veio com a mudança da gestão, gerou um compromisso com os funcionários. A expectativa deles, com as negociaçoes que irão ocorrer essa semana, é que elas possam, de fato, trazer respostas satisfatórias aos bancários", contextualizou Carlos.


"Tem que se entender que os bancários da Caixa tem uma função social, e a Caixa tem um papel social também. Nós não podemos continuar atacando e prejudicando a função social da Caixa Econômica com um sistema de cobranças e de metas abusivas, de medição de produtividade, e de responsabilização sobre a própria produtividade parecido, ou até pior, com bancos privados".

Carlos Eduardo explica que espera-se que, nas negociações dessa semana, a Caixa possa dar respostas que apontem para o fim dessa gestão do medo. "Os últimos balanços mostram um alto índice de produtividade, muita competência em desempenhar um papel estratégico e importante por parte dos bancários. É preciso que essa nova direção possa, de fato, dar uma resposta concreta nesse tipo. Os funcionários da Caixa continuam sofrendo com esse ambiente de trabalho adoecedor, que fazia parte de um momento de retrocesso e de ataque à Caixa como banco público", completou Carlos, diretor do Sindicato.


Fonte: Contraf-CUT e Secretaria de Comunicação do Sindibancários Extremo Sul da Bahia.

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