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Cobranças abusivas de metas na Caixa Econômica geram preocupação e adoecimento entre bancários

  • pixealagencia
  • 21 de mar.
  • 2 min de leitura
#pratodosverem: imagem de uma mulher e um homem, com semblante de preocupação e tristeza, representando funcionários da Caixa Econômica Federal.
#pratodosverem: imagem de uma mulher e um homem, com semblante de preocupação e tristeza, representando funcionários da Caixa Econômica Federal.

Denúncias de assédio moral e exposição constrangedora mobilizam entidades sindicais na defesa dos trabalhadores



A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) encaminhou, na última quinta-feira (20), um ofício à Caixa Econômica Federal solicitando explicações sobre as crescentes denúncias de assédio moral e cobranças abusivas de metas que têm gerado preocupação entre os empregados do banco.


Segundo relatos recebidos pelos sindicatos, as metas estão sendo estabelecidas de forma individualizada para cada gerente, com prazos diários, semanais e mensais. Caso não sejam atingidas, as metas não cumpridas são acumuladas para o dia seguinte, gerando uma pressão constante e insustentável sobre os trabalhadores.


“Além dessa pressão excessiva, há ainda a exposição constrangedora de quem não atinge os resultados, o que fere nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)”, explicou Rafael de Castro, diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa. “Essas práticas são ilegais e, além da CCT, a Justiça já tem classificado esse tipo de constrangimento como assédio moral, condenando empresas que adotam essa conduta”, alertou Rafael.


Exigências que extrapolam as metas corporativas


Outro ponto preocupante relatado pelos bancários é a imposição de metas que vão além das já estabelecidas pela própria Caixa. De acordo com os relatos, as Superintendências Regionais (SR) têm estipulado objetivos ainda maiores, visando alcançar o chamado “destaque nacional”.


“O que temos recebido é que essas metas adicionais são usadas para medir a produção individual, incentivando uma competição interna entre os trabalhadores e justificando transferências, promoções ou rebaixamentos com base nesses resultados”, informou Rafael.


Ele destacou ainda que essa prática utiliza ferramentas proibidas pela Convenção Coletiva, como rankings individuais e planilhas de “quota parte”, além de outros métodos que intensificam a pressão sobre os empregados.


Pressão excessiva e ambiente de trabalho insustentável


O ofício enviado à Caixa ressalta que os bancários estão sendo pressionados a cumprir não apenas suas metas individuais e da agência, mas também as exigências das Superintendências Regionais e Serviços de Vendas (Sev). Mesmo que uma agência atinja suas metas e apresente saldo positivo, os funcionários são obrigados a redobrar os esforços caso a SR ou Sev ainda não tenha alcançado seus objetivos.


“Gerentes que questionam essas práticas abusivas acabam sendo rotulados como contestadores e sofrem assédio moral”, afirmou Rafael. “Essa pressão tem gerado um ambiente de trabalho insustentável, resultando em elevado nível de estresse e adoecimento entre os colegas, tanto para aqueles que atuam remotamente quanto para as equipes da rede de agências e demais departamentos”, acrescentou.


Descontos indevidos em períodos de licença médica


Outro ponto preocupante apontado pelos trabalhadores é a prática da Caixa de descontar, no valor do bônus, os períodos em que o funcionário esteve afastado por motivos médicos, o que tem gerado ainda mais indignação entre os empregados.


Diante desse cenário alarmante, a Contraf-CUT cobrou da Caixa a realização de uma reunião urgente para tratar dessas questões e buscar soluções que garantam condições de trabalho dignas e respeitosas para todos os bancários.

 
 
 

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