COE Itaú exige respostas sobre fechamento de agências e condições de trabalho
- pixealagencia
- 13 de ago.
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Movimento sindical cobra realocação adequada, segurança e respeito ao trabalhador diante de mudanças estruturais no banco.

Na terça-feira, 12 de agosto de 2025, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú realizou reunião com representantes da direção do banco para debater questões críticas que afetam diretamente a vida dos bancários — desde contratações e demissões até segurança, metodologia de trabalho e remuneração variável. 
O Itaú apresentou números que revelam a tensão no mercado de trabalho: foram 5.839 contratações, 4.475 demissões e 1.800 pedidos de demissão, resultando em um saldo negativo de trabalhadores ativos. A COE, atenta à situação, pediu que o banco disponibilize os dados de realocação por região para assegurar acompanhamento adequado dos afetados. 
Outro ponto crítico da negociação foi o fechamento de agências: 197 já encerradas, mais 28 em processo, envolvendo ao todo 1.720 empregados — dos quais 86% foram realocados, 12% não receberam realocação e 2% pediram demissão. Há ainda 252 bancários em fase de realocação. A COE cobrou que esses trabalhadores tenham suporte contínuo durante esse processo. 
A reunião também abordou impactos no atendimento aos aposentados. Embora o banco tenha apresentado alternativas digitais, a COE ressaltou que essas não substituem o atendimento humanizado e podem gerar exclusão bancária para quem não domina tecnologias. 
A segurança nas agências também foi pauta sensível. Casos registrados na Bahia mostram unidades sem vigilantes, em que os caixas eletrônicos são abastecidos internamente — elevando os riscos a trabalhadores e clientes. A COE exige providências imediatas para reverter essa situação. 
Na questão de remuneração variável, o Itaú introduziu o novo modelo Smart Pro, com metas mensais e pagamento semestral. A COE questionou a não incorporação da remuneração variável anterior, o modelo GERA, especialmente para gestantes e bancários em licença, conforme havia sido anunciado anteriormente. 
Outro tema abordado foi a unidade Digital do Rio de Janeiro, onde alterações na escala reduziram o home office. Uma pesquisa sentiu forte insatisfação, e o banco comprometeu-se a levar o debate à sua Diretoria Digital. 
A próxima etapa das negociações ocorrerá no Grupo de Trabalho (GT) do GERA, onde temas como problemas no SQV, avaliação de performance e treinamentos serão retomados. 
Para Valeska Pincovai, coordenadora da COE Itaú, a reunião reafirmou a importância da pressão contínua e do acompanhamento rigoroso. “Seguimos firmes na defesa dos trabalhadores, cobrando transparência, acompanhamento dos realocados, melhores condições de trabalho e segurança. O fechamento de agências e as mudanças unilaterais afetam diretamente a vida dos bancários e vamos continuar exigindo soluções concretas”, destacou.





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