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Dados revelam profunda desigualdade racial na Caixa Econômica Federal

  • pixealagencia
  • 19 de nov.
  • 2 min de leitura

Sindicato e entidades sindicais exigem ação concreta para combater o racismo estrutural no banco público


Imagem: Contraf/CUT
Imagem: Contraf/CUT

Um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) a partir de dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) revelou que a Caixa Econômica Federal, apesar de seu papel público e social, reproduz internamente profundas desigualdades raciais.



📌 Principais achados



  • Enquanto 68,5% dos empregados da Caixa são declarados brancos, apenas 3,8% se identificam como pretos e 23,4% como pardos.

  • Na faixa salarial de mais de 10 salários‑mínimos, mais de 72% dos trabalhadores são brancos, e na faixa acima de 20 salários‑mínimos esse índice ultrapassa 74%. Só cerca de 3% dos empregados nesses patamares são pretos.

  • Disparidades salariais graves:


    • Homem negro recebe em média R$ 4.229,37, enquanto homem não negro recebe R$ 5.563,38.

    • Mulher negra tem média de R$ 3.895,45, versus R$ 5.384,96 para mulher não negra.





🛑 O que isso representa


Para as entidades sindicais, esse cenário evidencia que a Caixa — apesar de seu mandato público para reduzir desigualdades — ainda falha em garantir igualdade de oportunidades, representação e valorização das pessoas negras em seu quadro de empregados. Como resumiu a dirigente sindical:


“Não há democracia no mundo do trabalho sem igualdade racial.”


A desigualdade não se restringe ao acesso ou contratação, mas se aprofunda no acesso a cargos de liderança, remunerações superiores e carreiras de progressão — onde a presença negra permanece residual.



✅ Demandas e caminhos de ação


As entidades exigem medidas concretas e urgentes da Caixa para fazer frente a esse problema estrutural, entre as quais:


  • Implantação de políticas afirmativas robustas para promoção, carreira e remuneração de pessoas negras.

  • Estabelecimento de metas de representação racial e de gênero em faixas de remuneração e cargos de liderança.

  • Transparência total nos dados de carreira e remuneração, com publicação regular de indicadores raciais.

  • Programas de capacitação e ascensão profissional para empregados negros, com acompanhamento e suporte permanente.



A participação ativa dos trabalhadores e sindicatos é considerada essencial para transformar esses dados em mudança concreta.

 
 
 

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