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Empregados criticam programa “Super Caixa” da Caixa Econômica Federal

  • pixealagencia
  • há 5 dias
  • 3 min de leitura

Sindicato denuncia falta de transparência, regras injustas e impacto negativo sobre renda e saúde dos trabalhadores


Imagem: Contraf/ CUT
Imagem: Contraf/ CUT

O programa de remuneração variável denominado Super Caixa, implementado pela Caixa Econômica Federal para o segundo semestre de 2025, tem sido alvo de fortes críticas das entidades que representam os empregados. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf‑CUT), por meio da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, federações e sindicatos vêm denunciando que o modelo não atende às necessidades reais da categoria e, na prática, penaliza quem trabalha diretamente nas agências.


De acordo com as entidades, o programa foi criado de maneira unilateral pelo banco, sem negociação coletiva prévia, e alterou regras de habilitação, cálculo e distribuição da premiação. As mudanças ampliaram exigências e tornaram mais difícil o acesso ao benefício, principalmente diante de um quadro de trabalho já marcado por sobrecarga de atividades e escassez de pessoal nas unidades.



Principais críticas feitas pelos representantes dos empregados



A avaliação das entidades aponta que o programa é desconectado da realidade do cotidiano dos trabalhadores e apresenta problemas estruturais que prejudicam tanto a equipe quanto o reconhecimento profissional. Entre os pontos mais criticados estão:

• Exigências elevadas de habilitação baseadas em resultados de unidade que não refletem apenas o esforço individual de cada bancária e bancário.

• Indicadores complexos e pouco transparentes, dificultando a compreensão de como os cálculos são feitos e gerando incertezas sobre os resultados.

• Penalização de unidades por desempenho de terceiros, criando desestímulo ao trabalho coletivo e conflitos internos.

• Pressão constante por metas, elevando o risco de adoecimento e comprometendo a saúde física e mental das equipes.

• Ausência de negociação com as entidades representativas, o que desrespeita a mesa permanente de diálogo entre o banco e os trabalhadores.

• Impacto direto sobre a renda, já que o programa substitui mecanismos anteriores de remuneração variável mais estáveis e previsíveis.



Repercussões e posição sindical



Para o coordenador da CEE/Caixa, Felipe Pacheco, o Super Caixa reforça desigualdades e não considera as condições reais de trabalho nas agências. Ele afirma que é inaceitável que um programa que afeta diretamente a renda de milhares de empregados seja imposto sem negociação e com regras que penalizam quem já enfrenta sobrecarga de trabalho.


O diretor da Contraf‑CUT, Rafael de Castro, alerta que a lógica atual do programa, ao intensificar a cobrança por metas e expor trabalhadores a comparações permanentes, agrava o risco de adoecimento. Ele ressalta que indicadores como Resultado.Caixa, negócios sustentáveis e satisfação dos clientes não podem ser usados de forma punitiva, pois envolvem fatores que vão além do controle individual de cada trabalhador.


Luiza Hansen, representante da Fetec‑CUT/SP na CEE, destaca que um programa de reconhecimento deve ser claro e objetivo. Segundo ela, o Super Caixa está longe desses princípios, já que suas regras são difíceis de interpretar, os cálculos são pouco transparentes e as premissas variam conforme o desempenho coletivo da unidade, prejudicando a previsibilidade da remuneração e a organização de vida dos trabalhadores.



Exigências por mudanças



Diante das preocupações levantadas, a Contraf‑CUT e as entidades representativas continuam cobrando da Caixa:

• Negociação efetiva das regras com participação sindical.

• Simplificação e transparência dos critérios e indicadores utilizados.

• Medidas que preservem a saúde mental e física das equipes.

• Previsibilidade na remuneração associada ao reconhecimento do trabalho real.

• Respeito às condições de trabalho e às realidades específicas das agências bancárias.


O movimento sindical reforça que a valorização de quem constrói diariamente os resultados da Caixa não pode ser feita por meio de programas que ampliam desigualdades, geram insegurança e ignoram a realidade enfrentada pelos empregados. A Contraf‑CUT seguirá acompanhando e denunciando os problemas do Super Caixa, exigindo revisão imediata do programa para garantir justiça, valorização e respeito ao trabalho da categoria.

 
 
 

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