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Empresas já sentem consequências da precarização do trabalho, alertam entidades sindicais

  • pixealagencia
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

Queda nos direitos e arrocho salarial dificultam contratação e reter mão‑de‑obra — cenário exige mudança urgente


Imagem: Contraf/CUT
Imagem: Contraf/CUT

Em recente comunicado, entidades sindicais convocadas pela Contraf‑CUT alertam que a precarização nas relações de trabalho não impacta apenas os trabalhadores — mas hoje começa a atingir fatalmente as próprias empresas, que enfrentam dificuldade para contratar e reter profissionais devido ao desgaste e à instabilidade.



📉 Dados recentes e o efeito da precarização


Com a taxa de desemprego atingindo 5,4% em outubro de 2025 — a menor desde 2012 — e a renda média subindo para R$ 3.528, as empresas de comércio e serviços relatam “escassez de mão de obra”.  Segundo o secretário de Relações do Trabalho da Contraf‑CUT, Jeferson Meira, esse quadro não é mera falta de trabalhadores, mas o resultado direto dos anos de arrocho salarial, retirada de direitos, rotatividade intensa e contratos precários incentivados pela reforma trabalhista.


Na avaliação sindical, o que muitas empresas nomeiam de “falta de pessoal” é, fundamentalmente, consequência da “precarização generalizada”: jornadas exaustivas, baixos salários, ausência de garantias e insegurança nas relações laborais afastam os trabalhadores — sobretudo os mais jovens — que hoje têm mais alternativas de emprego decente.



🔄 Um mercado de trabalho mais equilibrado exige valorização


“Quando há pleno emprego, as empresas são forçadas a competir oferecendo melhores salários, benefícios e jornadas mais humanas”, afirma Jeferson Meira.  Na prática, os setores começaram a recorrer a incentivos para atrair pessoal: duas folgas semanais, planos de saúde, bônus, vale‑transporte, telemedicina, campanhas de recrutamento com som de rua ou influenciadores.


Este movimento revela uma contradição: medidas vistas como “modernização do mercado” — como a flexibilização do trabalho — podem gerar, a médio prazo, escassez de mão de obra qualificada, queda de produtividade, maior rotatividade e precarização dos serviços prestados. Estudos acadêmicos e relatórios de especialistas apontam que a precarização está associada a absenteísmo elevado, desgaste prolongado, insatisfação e menor engajamento — fatores que comprometem a competitividade e sustentabilidade das empresas.



✅ O que o movimento sindical defende como saída


Para reverter esse cenário e construir um mercado de trabalho dignificado, a Contraf‑CUT propõe:


  • Revisão urgente das regras implementadas pela reforma trabalhista, garantindo direitos e estabilidade aos trabalhadores;

  • Valorização salarial adequada, especialmente em setores que sustentam a economia cotidiana (comércio, serviços, atendimento etc.);

  • Fortalecimento da negociação coletiva através dos sindicatos, para assegurar jornadas justas, equilíbrio vida‑trabalho e segurança no emprego;

  • Políticas públicas e empresariais de formação profissional, qualificação e valorização das carreiras, visando atrair e manter trabalhadores capacitados.




🔎 Conclusão



O que se desenha no horizonte é claro: a precarização do trabalho, incentivada por leis e práticas que valorizam a flexibilidade a qualquer custo, cria hoje um duplo problema — para os trabalhadores, com perda de direitos e insegurança; e para as empresas, com dificuldade crescente de atrair e reter mão de obra qualificada.


Para superar esse ciclo, é urgente retomar o compromisso com o trabalho decente, a valorização dos trabalhadores e a negociação coletiva — pilares essenciais para garantir dignidade, produtividade e justiça social.

 
 
 

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