GT Saúde do Itaú exige melhorias no atendimento médico e canal de denúncias
- pixealagencia
- 15 de ago.
- 2 min de leitura
Reunião com a direção do banco debate falta de autonomia clínica, acesso a prontuários e segurança das denúncias internas

O Grupo de Trabalho (GT) Saúde do Itaú reuniu-se nesta terça-feira (12) com representantes da direção do banco para cobrar resoluções urgentes nas demandas da categoria relacionadas ao atendimento médico e condições de saúde no trabalho.
Durante o encontro, foram levantadas reclamações graves: médicos credenciados não têm autonomia e só podem emitir o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) após aprovação de coordenador em São Paulo; há realização repetida de exames para alterar o resultado do ASO; e o documento é enviado apenas por e-mail. Também foi questionada a abordagem das avaliações, muitas vezes voltadas à vida pessoal do empregado, e não às condições de trabalho.
O acesso ao prontuário médico também tem sido dificultado. Mesmo sendo possível consultá-lo via IU Conecta, o banco exige a apresentação de carta autenticada em cartório com foto do crachá para liberar o documento — uma exigência que contraria o princípio da transparência. A COE lembrou que o próprio trabalhador assina o ASO e pode contestar seu resultado.
O Itaú comprometeu-se a criar um canal próprio para contestação do ASO e a fornecer comprovante físico ao trabalhador que solicitar.
Outro tema sensível pautado foi o canal de denúncias. Foram relatadas violações de sigilo, demissões de empregados que fizeram denúncias e demora na apuração dos casos. O banco negou que desligamentos tenham ocorrido em razão das denúncias e anunciou uma nova reunião para aprimorar o sistema de denúncias.
Foram ainda discutidos temas como demissões de trabalhadores em tratamento de doenças graves (como câncer), melhoria na folha de pagamento de licenciados, manutenção da qualidade de segurado e a realização de pesquisa de satisfação com os serviços médicos prestados.
Luciana Duarte, coordenadora do GT Saúde, reforçou a urgência do atendimento às demandas: “Exigimos respostas à categoria, pois essas queixas são recorrentes. Em especial, o respeito necessário aos bancários que se afastam para tratamento médico.”
Já Valeska Pincovai, coordenadora da COE Itaú, destacou a importância de fortalecer a confiança no canal de denúncias: “É essencial que os bancários sintam que suas denúncias são tratadas de forma sigilosa e com agilidade. Esperamos que a próxima reunião traga avanços claros.”





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