Impasse continua: Caixa ainda não apresenta proposta para resolver Saúde Caixa
- pixealagencia
- 22 de set.
- 2 min de leitura
Empregados exigem restauração do modelo 70/30, reajuste zero e preservação dos princípios do plano

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) voltou a se reunir nesta sexta‑feira (19), em Brasília (DF), com representantes do banco para tratar do Saúde Caixa e outras pautas de relevância para os trabalhadores. Apesar dos balanços positivos recentes da Caixa, o banco não apresentou proposta concreta para pôr fim às incertezas que rondam o plano de saúde.
Os empregados reafirmaram que não aceitarão qualquer proposta que modifique os princípios centrais do Saúde Caixa — como solidariedade, mutualismo e pacto geracional. A exigência é pela volta do modelo de custeio 70/30 (70% de aporte do banco ; 30% dos empregados), além de aporte imediato da Caixa para que se assegure reajuste zero em 2025.
Após obterem acesso aos dados atuariais, a representação dos empregados apresentou cenários em que, com a Caixa assumindo 70 % do custeio e mantido o reajuste zero para trabalhadores, o plano poderia voltar a registrar superávit nos anos de 2026 e 2027. Os cálculos indicam que o modelo de custeio atualmente praticado é insustentável a médio e longo prazo.
Do lado da Caixa, foram apresentados dados que apontam para o envelhecimento rápido da população beneficiária — cerca de 30% têm mais de 59 anos atualmente, número que poderia chegar a 40% até 2030 — e ao crescimento das despesas assistenciais. O banco destaca que esses fatores, somados ao modelo de custeio vigente, colocam em risco o equilíbrio financeiro do plano. Também ressaltou que já implementou medidas de contenção de custos, como auditoria em procedimentos de alto valor, uso ampliado da telemedicina, credenciamento direto de materiais e fornecimento direto de medicamentos oncológicos.
Os representantes dos empregados fizeram questão de destacar que não abrirão mão das conquistas já asseguradas. Para eles, qualquer revisão do plano deve preservar todos os direitos existentes, sem impor ônus excessivo aos trabalhadores. Entre as reivindicações está também a extensão do direito de manter o Saúde Caixa na aposentadoria para quem foi admitido após 2018, algo que hoje, segundo os empregados, ainda está sendo tratado de forma desigual.
A Caixa comprometeu‑se a apresentar uma proposta formal em até 15 dias a partir do encontro, em nova rodada de negociações. Para pressionar por avanços, a categoria convocou uma nova mobilização nacional em 25 de setembro, que será um Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa.





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