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Itaú promove demissões em massa de funcionários remotos sem diálogo e apesar de lucros bilionários

  • pixealagencia
  • 9 de set.
  • 2 min de leitura

Sindicato denuncia critérios arbitrários e cobra reposição de vagas, respeito e negociação.

Imagem: Arquivo Itaú
Imagem: Arquivo Itaú

Na segunda-feira, 8 de setembro, o Itaú Unibanco demitiu cerca de mil bancários e bancárias que trabalhavam em regime remoto ou híbrido, segundo relatos de colegas do Centro Tecnológico, do CEIC e da unidade da Faria Lima. Os cortes foram realizados sem advertência prévia ou diálogo com o Sindicato, o que reforça o caráter arbitrário da ação.


As demissões ocorreram com base na alegação de “baixa produtividade” e “falta de aderência ao trabalho remoto”, que o banco diz ter identificado por meio de monitoramento das máquinas corporativas. No entanto, o critério é criticado por desconsiderar o contexto real do trabalho remoto, como problemas técnicos, sobrecarga, saúde ou a organização por equipe — elementos centrais para análise justa.


O Itaú confirmou os desligamentos por meio de nota, alegando que foram resultado de “revisão criteriosa” de condutas e que visam preservar a confiança no ambiente institucional. A instituição afirma que identificou condutas incompatíveis com seus “princípios inegociáveis” e ressalta que se tratou de um processo de gestão responsável. O número exato de funcionários afetados, no entanto, não foi divulgado.


As demissões provocaram forte reação do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que repudiou a falta total de diálogo. Na análise da entidade, o banco utilizou métricas controladoras como justificativa para promover cortes profundos — enquanto permanece em crescimento e com resultados positivos.


“É inaceitável que, diante de lucros bilionários, a alternativa seja demitir em massa sob a justificativa de produtividade”, afirma Neiva Ribeiro

A postura do Itaú ganha ainda mais relevância quando se observa o desempenho financeiro recente: o banco obteve lucro líquido gerencial de R$ 22,6 bilhões no primeiro semestre, sinalizando forte condição financeira para valorizar seus trabalhadores em vez de promovê-los ao desemprego.


O Sindicato exige que:


  1. O banco apresente justificativas claras, caso a caso, para cada desligamento.

  2. As demissões sejam revistas, com diálogo real com os trabalhadores.

  3. As vagas sejam imediatamente repostas por aprovados em cadastro de reserva, evitando sobrecarga na categoria.

  4. A carreira e condições de trabalho sejam protegidas, mesmo com avanço da tecnologia, garantindo emprego digno e segurança jurídica.


 
 
 

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