Justiça impede fechamento da agência do Bradesco em Mucuri após mobilização popular

Decisão judicial atende pedido do município e garante manutenção dos serviços bancários, essenciais à população local

Imagem: Jornal Alerta

A Justiça da Bahia concedeu liminar favorável ao município de Mucuri, impedindo o fechamento da agência do Bradesco na cidade, localizado no Extremo Sul baiano. A medida representa uma importante conquista para a população local, que vinha se mobilizando fortemente contra a retirada dos serviços bancários oferecidos pela unidade, considerada essencial para a economia e o cotidiano dos moradores.

A decisão foi proferida pelo juiz Diego Messias Silva de Souza, da Vara Cível de Mucuri, no dia 24 de maio. Em sua análise, o magistrado destacou que a agência presta atendimento a milhares de pessoas, incluindo aposentados, servidores públicos e moradores da zona rural, e que o encerramento das atividades poderia causar “prejuízos relevantes e de difícil reparação à coletividade”.

O pedido de liminar foi formulado pela Procuradoria Jurídica do município, que alegou a inexistência de alternativas de atendimento adequadas na região. Com o fechamento, os clientes teriam que se deslocar para cidades vizinhas, como Teixeira de Freitas, a mais de 50 km de distância — uma realidade inviável para grande parte da população, especialmente idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

A mobilização contra o fechamento contou com o apoio ativo da sociedade civil, da Câmara Municipal e do Sindicato dos Bancários do Extremo Sul da Bahia, que vêm denunciando o desmonte dos serviços bancários em pequenas cidades e alertando para os impactos sociais e econômicos dessa prática.

A decisão judicial determinou que o Bradesco mantenha a agência de Mucuri em funcionamento até o julgamento final da ação, sob pena de multa diária em caso de descumprimento. A liminar é considerada uma vitória significativa na luta pela preservação dos serviços públicos essenciais nas comunidades do interior.

O Sindicato dos Bancários reforça a importância da mobilização popular e da atuação institucional conjunta na defesa do direito ao acesso bancário, especialmente em regiões que já enfrentam desafios estruturais históricos. A luta continua para garantir que nenhum município seja privado do atendimento digno e presencial que a população merece.