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Lucro do Itaú chega a R$ 22,6 bi, mas cortes de emprego e fechamento de agências evidenciam contradições

  • pixealagencia
  • 8 de ago.
  • 2 min de leitura

Mesmo com resultado recorde, banco promove redução de pessoal e precariza atendimento, denuncia Contraf-CUT

Imagem: Contraf/CUT
Imagem: Contraf/CUT

O Itaú Unibanco registrou um expressivo lucro líquido gerencial de R$ 22,6 bilhões no primeiro semestre de 2025, 14,1% superior ao mesmo período do ano anterior. A margem financeira aumentou em 14,7%, impulsionada por uma carteira de crédito mais rentável, enquanto as receitas com seguros e previdência subiram 16,7%, e os serviços em 4,3%. A carteira total de crédito alcançou R$ 1,389 trilhão, crescendo 7,3% em um ano. Entre os destaques, o crédito imobiliário avançou 17,2%, o cartão de crédito 7,7% e o crédito para micro e pequenas empresas cresceu 13,1%. A inadimplência diminuiu para 1,9%, e a provisão para devedores apresentou queda de 8,7%. Pela primeira vez em anos, o banco registrou lucro em patamares surpreendentes, reforçando seu poder econômico.


No entanto, os números positivos contrastam com medidas que comprometem a categoria e a população. O Itaú demitiu 518 trabalhadores em 12 meses, sendo 504 apenas no segundo trimestre de 2025, reduzindo o efetivo para 85.775 empregados no país. Também fechou 223 agências físicas, enfraquecendo o atendimento presencial — especialmente para aposentados e usuários vulneráveis.


A queda de 3% na receita com serviços e tarifas, apesar do alto lucro, reforça que os ganhos do banco não retornam em benefícios à sociedade. Já as despesas com pessoal e PLR subiram 10,4%, totalizando R$ 16,5 bilhões, ainda assim superadas por outras linhas de receita.


Para Valeska Pincovai, coordenadora da COE do Itaú, esse desequilíbrio é inaceitável:


“Com esse lucro, o banco não tem nenhuma justificativa para seguir fechando agências e diminuindo postos de trabalho. Isso aumenta o número de desempregados e deixa a população que não tem acesso à tecnologia sem atendimento algum. O banco lucra como nunca, mas não cumpre seu papel social. Banco é concessão pública e precisa garantir atendimento digno à população.” Apontou.



 
 
 

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