Movimento Sindical reúne população contra fechamento da agência do Bradesco em Itagimirim.

Ato público reforça luta iniciada pelo Sindicato dos Bancários e destaca impacto social e econômico da possível desativação da unidade bancária.

Na manhã desta quarta-feira (29), moradores de Itagimirim (BA) participaram de um ato público em frente à agência do Bradesco, protestando contra a proposta de fechamento da unidade bancária na cidade.

A manifestação contou com a presença dos diretores do Sindibancários do Extremo Sul da Bahia — Adilson Gil, Thomaz Edson, Leila Ramos e Moisés Vital — que reforçaram a importância da permanência da agência para a economia local e o atendimento à população da microrregião.

Mesmo sob chuva, o ato teve significativa adesão popular, reunindo aposentados, comerciantes, líderes políticos e religiosos, servidores públicos e clientes em geral. A mobilização expressou o descontentamento da população com a proposta de fechamento da unidade, considerada fundamental para a economia local e para o atendimento dos moradores da cidade e de municípios vizinhos como Salto da Divisa, Itapebi e a região de Caiubi.

A unidade atende a mais de 3 mil beneficiários do INSS, a maioria idosos e residentes na zona rural, que seriam diretamente afetados com a interrupção do serviço. Além do impacto para os idosos, a agência é responsável pelo pagamento da folha de servidores municipais e por movimentar grande parte da economia local. Seu fechamento representaria um duro golpe ao comércio e à prestação de serviços públicos no município.

O diretor Moisés Vital destacou o impacto social e econômico que a medida pode causar:

“A agência do Bradesco não atende apenas a população de Itagimirim, mas também uma microrregião inteira. O fechamento trará transtornos profundos, sobretudo para os aposentados e pensionistas, que enfrentariam longos deslocamentos para acessar serviços bancários básicos”, afirmou.

A diretora Leila Ramos reforçou o direito dos clientes e orientou a população a registrar denúncias nos canais da Ouvidoria do banco e junto ao Banco Central. E pontuou que é essencial que os usuários se manifestem oficialmente e cobrem seus direitos, bem como a necessidade do banco em entender que o cliente é a razão da sua existência.

Encerrando o ato, o diretor Thomaz Edson ressaltou o papel da participação popular.

“A presença da comunidade é essencial nesta luta. O sindicato está mobilizado, junto à sociedade civil, e vai acompanhar de perto todas as ações jurídicas já impetradas junto ao Ministério Público para impedir o fechamento da agência”, declarou.

A mobilização em Itagimirim é parte de um esforço maior do movimento sindical para defender a permanência dos serviços bancários nos pequenos municípios, onde o acesso ao crédito e aos serviços financeiros é condição essencial para o desenvolvimento econômico e inclusão social.