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Revisão urgente do Sistema Financeiro Nacional é proposta por especialistas ligados ao movimento sindical.

  • pixealagencia
  • 25 de ago.
  • 2 min de leitura

Dieese e FespSP alertam para distorções nas regras de inflação, juros e regulação que favorecem o mercado em detrimento do país

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O sistema financeiro brasileiro está sendo chamado a um reexame profundo. Em debate promovido pelo movimento sindical bancário, especialistas do Dieese e da FespSP alertaram para falhas estruturais no Sistema Financeiro Nacional (SFN), que permitem juros altos, metas de inflação inatingíveis e regulação voltada exclusivamente para interesses do mercado e não do desenvolvimento nacional.


Para o Doutor em Economia, Gustavo Cavarzan, o modelo atual é insustentável. Ele criticou o fato de que, enquanto a meta de inflação foi reduzida para níveis baixos — cerca de 3% com ampla margem —, o país raramente alcança esse patamar, o que serve de pretexto para elevação contínua da Selic.

“[…] essa meta cria a impressão de inflação descontrolada e justifica o juros elevados”, destacou o especialista.
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A consequência disso é grave: o país vive com a taxa Selic em torno de 15%, um dos níveis mais altos dos últimos quase 20 anos. Isso encarece o crédito, aumenta o endividamento das famílias e prepara o terreno para que bancos obtenham lucros exorbitantes — enquanto o Estado tem de alocar recursos crescentes para pagar juros da dívida pública.


Já Moisés Marques, da FespSP, Doutor em Política Internacional, destacou outro desafio: a chamada “porta giratória” entre bancos, instituições financeiras e órgãos de regulação, como o Banco Central. Ele citou o recente caso de nomeação envolvendo ex-presidente do BC no setor privado como exemplo de risco para a independência e a soberania econômica do país.


Também foi criticada a falta de regulação das fintechs — o avanço desordenado dessas empresas cria brechas tributárias e trabalhistas, além de favorecer a lavagem de dinheiro. Dados apontam que o Nubank, por exemplo, teria recebido R$ 94 milhões em benefícios fiscais recentes enquanto o sistema permanece vulnerável a fraudes.


Para enfrentar essas distorções, os especialistas apresentaram propostas concretas: ampliação da composição do CMN para incluir vozes da sociedade civil, sincronização dos mandatos do BC com os ciclos políticos, regulamentação tributária e trabalhista das fintechs, e mecanismos que garantam pleno emprego, moderação de juros e fortalecimento dos bancos públicos — garantes de desenvolvimento regional e social.

 
 
 

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