Santander lucra bilhões às custas de demissões e adoecimento de bancários
- pixealagencia
- 31 de jul.
- 2 min de leitura
Crescimento do banco espanhol no Brasil ignora responsabilidade social e acende alerta para sobrecarga e precarização no setor.

O Santander Brasil anunciou um lucro líquido gerencial de R$ 4,62 bilhões no primeiro semestre de 2025 — um crescimento de 9,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Porém, por trás dos números positivos está uma realidade preocupante: o banco continua promovendo demissões em massa, sobrecarregando os trabalhadores que permanecem e contribuindo para o aumento do adoecimento na categoria.
De janeiro a junho, o Santander fechou 2.364 postos de trabalho em todo o país, o que representa uma redução de 5,2% no quadro de funcionários. Somente no segundo trimestre, foram 1.094 desligamentos. Esse corte ocorre mesmo com o aumento nas receitas do banco, especialmente em tarifas e serviços — o que, na prática, significa que os trabalhadores produzem mais com menos pessoas.
Além disso, houve queda nos investimentos em infraestrutura: 96 agências e 26 postos de atendimento foram encerrados em um ano. Isso reduz o acesso da população aos serviços e transfere ainda mais pressão para os canais digitais e para os funcionários que seguem nas agências, lidando com filas maiores e demandas crescentes.
O número de clientes também cresceu: já são mais de 64,2 milhões no Brasil. No entanto, o lucro do banco não é revertido em melhores condições de trabalho ou ampliação da rede de atendimento. Pelo contrário: o clima de insegurança e a cobrança por metas inatingíveis têm provocado aumento nos casos de adoecimento físico e mental entre os bancários, como vêm denunciando os sindicatos.
A postura do Santander contrasta com o que o movimento sindical reivindica: valorização dos trabalhadores, manutenção de empregos e condições dignas de trabalho. “É inadmissível que um banco que lucra bilhões continue tratando seus funcionários como números descartáveis”, apontam dirigentes sindicais.
O Sindicato dos Bancários reforça a importância da mobilização da categoria para exigir mais respeito, melhores condições de trabalho e compromisso social por parte do Santander.





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