Suspensa a implementação do Projeto Teia: entidades cobram diálogo com os trabalhadores

Pressão sindical surte efeito e Caixa recua temporariamente na reestruturação das agências

Reprodução: Contraf/CUT

A Caixa Econômica Federal anunciou a suspensão do cronograma de implantação do Projeto Teia, após forte mobilização das entidades representativas dos trabalhadores. A decisão foi comunicada na última reunião entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e a direção do banco, realizada no dia 18 de abril.

O recuo foi motivado pelas diversas críticas feitas pelos empregados à forma como o projeto vinha sendo conduzido: sem diálogo transparente, sem esclarecimentos suficientes e sem garantia de que os direitos seriam preservados. Desde que o Projeto Teia começou a ser divulgado, trabalhadores e sindicatos vêm alertando para os riscos de reestruturações apressadas, que geram insegurança, sobrecarga e desorganização no ambiente de trabalho.

A suspensão temporária das mudanças é uma vitória do movimento sindical, mas a luta continua. As entidades cobraram da Caixa a apresentação de um plano detalhado de implementação, que envolva escuta ativa dos empregados e negociação com as representações sindicais. A defesa da saúde mental, da valorização profissional e da qualidade do atendimento à população foram reforçadas como prioridades.

Além disso, os representantes dos trabalhadores solicitaram que a Caixa envie, o quanto antes, uma proposta concreta de reestruturação, para que o processo ocorra de forma democrática, responsável e com foco na valorização de quem faz o banco público acontecer todos os dias: os seus trabalhadores.

A mobilização sindical seguirá firme para garantir que nenhuma mudança seja imposta de cima para baixo. O respeito ao trabalhador e à missão social da Caixa devem ser princípios inegociáveis em qualquer processo de transformação.