Trabalhadores denunciam: Banco Central do Brasil atua como inimigo do país ao manter juros elevados
- pixealagencia
- 4 de nov.
- 2 min de leitura
Centrais sindicais protestam contra política monetária que privilegia especulação financeira em detrimento do desenvolvimento nacional e do trabalhador

Na manhã desta terça‑feira (4), várias centrais sindicais, entre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf‑CUT), realizaram ato em frente à sede do Banco Central, na Avenida Paulista, em São Paulo, para denunciar o que chamam de “manutenção da taxa básica de juros (Selic) em patamar inaceitável de 15% ao ano”, que transformaria o país em “refém do capital financeiro”.
Durante a manifestação, o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf‑CUT, Walcir Previtale, afirmou que a elevada Selic favorece apenas “o sistema financeiro” e penaliza todo o restante da sociedade:
“Tem banco cobrando 7,99% ao mês no cartão de crédito; são mais de 490% ao ano. Não por acaso mais de 78 milhões de brasileiros estão com o CPF negativado.”
Principais críticas levantadas
A Selic elevada encarece os financiamentos, onera o crédito e freia investimentos, dificultando geração de emprego e renda.
Os juros altos aumentam a dívida pública: somente em 2023, a União teria pago mais de R$ 732 bilhões em juros dos títulos da dívida — valor muito superior ao gasto com saúde, educação ou habitação.
O modelo atual favorece rentistas e especuladores, enquanto os que produzem e trabalham permanecem em desvantagem.
O que os sindicatos cobram
As entidades exigem que o Banco Central revise a taxa de juros, reduza a Selic e adote uma política monetária que favoreça o crescimento econômico, empregos de qualidade e a dignidade dos trabalhadores — e não apenas os lucros dos bancos. Também demandam maior transparência e participação dos trabalhadores na definição das decisões macroeconômicas.





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