Valeska Pincovai critica declarações do presidente do Itaú Unibanco sobre demissões em massa e defende trabalhadores injustiçados
- pixealagencia
- há 3 minutos
- 2 min de leitura
Coordenadora da COE do banco acusa direção de desqualificar bancários demitidos e alerta para ambiente de medo entre os que ficaram

A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Valeska Pincovai, manifestou forte repúdio às declarações do presidente do Itaú, Milton Maluhy Filho, feitas durante o evento GAN Summit 2025. Na ocasião, ele afirmou que parte dos mais de mil trabalhadores desligados em setembro “fizeram péssimo trabalho”, “tinham outro emprego” ou “pediram desculpas” pela conduta.
Para Valeska, essas falas tentam justificar de modo arbitrário e cruel o que ela classifica como um desligamento em massa, realizado no dia 8 de setembro, de aproximadamente 1.100 bancários que atuavam em home‑office ou modelo híbrido.
“Do dia para a noite, trabalhadores que haviam sido reconhecidos como destaques e até promovidos receberam uma comunicação de desligamento por ‘baixa produtividade’.”
Segundo Valeska, os relatos coletados em plenárias com os demitidos — cerca de 400 bancários — mostram que nenhum dos participantes foi ouvido ou recebeu advertência prévia; muitos estavam entre os mais bem avaliados de suas equipes.
Outro ponto levantado pela dirigente foi a contradição apresentada pelo banco: apesar das afirmações de má‑conduta, o Itaú fez proposta de pagamento de verbas aos desligados em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT‑2), o que, segundo ela, desmonta a narrativa de que os demitidos agiram com má‑fé ou deslealdade.
Valeska criticou ainda o que denominou “ambiente de vigilância e medo” criado entre os trabalhadores que permaneceram no banco após as demissões:
“Quem ficou vive sob vigilância constante, sem saber quais critérios estão sendo usados para medir o desempenho. É um cenário de insegurança total.”
Por fim, ela reforçou que a mobilização sindical e o apoio coletivo são essenciais para enfrentar essas práticas e garantir respeito, justiça e dignidade no trabalho bancário. “O Itaú tentou calar 1.100 trabalhadores. Não conseguiu. A verdade apareceu. A luta segue.”





.png)




Comentários