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Audiência na Câmara denuncia “epidemia” de adoecimento entre bancários e cobra responsabilidade dos bancos.

  • pixealagencia
  • 24 de set.
  • 2 min de leitura

Mesa pública reúne Ministério do Trabalho, MPT, Fenaban e entidades sindicais para expor relação entre metas abusivas, assédio e afastamentos

Imagem: Contraf/CUT
Imagem: Contraf/CUT

Em 23 de setembro de 2025, foi realizada audiência pública promovida pela Comissão do Trabalho da Câmara dos Deputados para discutir a grave situação da saúde mental entre trabalhadores bancários. O evento foi proposto pelo deputado Vicentinho e contou com participação do Ministério Público do Trabalho (MPT), do Ministério da Saúde, da Inspeção do Trabalho, da Fenaban e de sindicatos da categoria.


Dados expostos na audiência foram alarmantes. Especialistas e representantes sindicais classificaram que o modelo gestional dos bancos — pautado por metas abusivas, monitoramento constante, cobrança humilhante e assédio moral — é fator determinante do sofrimento da categoria. A falta de ações preventivas e de accountability institucional foi fortemente criticada.


Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, afirmou com veemência que “o sofrimento dos bancários e bancárias não é acidente ou desvio de conduta. São políticas empresariais planejadas, que transformam pessoas em metas”. Ele destacou que lucros bilionários não podem ser construídos sobre depressão, afastamentos e adoecimento.


A Fenaban, por sua vez, tentou relativizar os argumentos, questionando a correlação direta entre os afastamentos e condições de trabalho, e colocando em dúvida as metodologias estatísticas apresentadas. Essa postura foi rebatida por sindicalistas, que exigem responsabilidade institucional, regulação e fiscalização do setor.


Ao final da audiência, dirigentes sindicais entregaram documento ao primeiro-secretário da Câmara, deputado Carlos Veras (PT), solicitando mediação para reuniões futuras com o INSS e o Ministério da Previdência. O objetivo é garantir medidas efetivas de combate ao adoecimento e respaldar políticas públicas de prevenção.


A proposta das entidades sindicais é clara: é preciso responsabilizar os bancos, garantir condições de trabalho dignas, regular o uso de sistemas de controle e meta, e instituir fiscalização efetiva. Caso contrário, a “epidemia” entre bancários e bancárias continuará minando vidas, direitos e o serviço público financeiro.


 
 
 

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