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BC eleva taxa Selic a 15% e agrava aperto econômico das famílias brasileiras.

  • pixealagencia
  • 19 de jun.
  • 2 min de leitura

Sétima alta consecutiva do juros pressiona consumo, emprego e orçamento público, afirmam lideranças sindicais.

Imagem: Contraf/CUT
Imagem: Contraf/CUT

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, em 18 de junho, a elevação da taxa básica de juros (Selic) de 14,75% para 15% ao ano, o patamar mais alto desde maio de 2006. O movimento representa o sétimo aumento consecutivo, mantendo uma política que transfere recursos de famílias, empresas e o Estado para grandes grupos financeiros.


Para Juvandia Moreira, presidenta da Contraf‑CUT e vice da CUT, “os juros altos desestimulam investimento e consumo, comprometendo o emprego e salários melhores. O Brasil geraria muito mais vagas se não fosse essa política monetária do Banco Central”.


Segundo o economista do Dieese Gustavo Cavarzan, os juros cobrados de pessoas físicas passaram de 36% ao ano em 2021 para mais de 56% em 2025 — influência direta da alta da Selic. Ele também alerta que a decisão do Copom provocará um gasto adicional de R$ 12,2 bilhões ao ano aos cofres públicos, com o total pago a juros da dívida em 12 meses chegando a quase R$ 928,4 bilhões — equivalente a 7,7% do PIB.


Walcir Previtale, secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf‑CUT, comparou os juros ao desvio de recursos da educação e saúde: “Esse quase R$ 1 trilhão transferido aos rentistas é cinco vezes o orçamento da educação e três vezes o da saúde”. Ele acrescentou que a taxa média de juros para famílias e empresas está em 43,7% ao ano, frente a níveis de 4–6% em países como Europa e China.


A decisão repercutiu negativamente entre entidades sindicais e o setor produtivo. A CUT classificou a medida como uma transferência de recursos e reforçou a mobilização por juros menores, enquanto a Força Sindical afirmou que a Selic alta fomenta a especulação e pressiona a indústria e o comércio. A CNI, por sua vez, classificou a alta como “injustificável” e afirma que ela sufoca a economia.


Moradores, trabalhadores e setores produtivos demonstraram preocupação com o impacto no custo de vida, investimentos e geração de empregos. Com o Brasil figurando entre os países com as maiores taxas reais de juros, cresce o apelo por revisão da política monetária e foco no fortalecimento da economia real.

 
 
 

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