Banco Santander lucra mais de R$ 4 bilhões no 3º trimestre — e segue demitindo bancários e fechando agências
- pixealagencia
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Enquanto os resultados financeiros batem recorde, a rede de atendimento é reduzida e os trabalhadores enfrentam desligamentos em série

O Santander Brasil divulgou lucro líquido gerencial de R$ 4,01 bilhões no terceiro trimestre de 2025 — valor que representa crescimento de 9,4% em relação ao mesmo período no ano anterior. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) alcançou 17,5%, refletindo a forte rentabilidade do grupo no país.
Porém, esse desempenho financeiro expressivo contrasta com uma forte retração na rede de atendimento e no quadro de funcionários:
O número de empregados caiu de 55.091 para 53.918 entre junho de 2024 e junho de 2025 — uma redução líquida de 1.173 bancários.
No mesmo período, o banco fechou aproximadamente 558 agências, reduzindo o total de unidades de 2.446 para 1.888.
O movimento sindical considera que essa conjuntura evidencia uma forte contradição da parte da instituição: lucros crescentes enquanto são reduzidos postos de trabalho e unidades de atendimento. Para o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Marcos Vicente, “os bancários são quem garantem o lucro do banco, mas estão sendo os mais penalizados”.
Impactos e alertas para os trabalhadores
A demissão de mais de mil bancários em 12 meses indica forte pressão sobre emprego, com possível aumento de sobrecarga para quem permanece.
O fechamento de 558 agências diminui o acesso ao atendimento presencial, o que afeta populações vulneráveis e pode sobrecarregar os demais trabalhadores.
A expansão de clientes (+4,5 milhões) paralela à redução da rede e do quadro de funcionários demonstra que o crescimento se dá sem correspondente valorização da estrutura ou da categoria.
Para nossa base, no extremo sul da Bahia
Como diretor do sindicato dos bancários da região, é importante destacar:
Mesmo que os cortes sejam nacionais, suas repercussões podem afetar a realidade local — pode haver fechamento de agências, deslocamento de bancários, ou aumento de metas.
É vital que a categoria local se mobilize, acompanhe os indicadores, exija que os resultados sejam revertidos em valorização e garanta que o banco promova condições dignas de trabalho.
O sindicato deve intensificar a fiscalização, chamar assembleias, mobilizar a base para que o momento da expansão dos lucros não seja aproveitado para reduzir direitos ou precarizar ainda mais o trabalho bancário.





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