COE Itaú exigirá explicações sobre demissões arbitrárias em encontro na próxima segunda-feira
- pixealagencia
- há 7 horas
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Na reunião agendada para o dia 15, categoria vai cobrar suspensão dos desligamentos e transparência nos critérios

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú convocou reunião com representantes do banco para a próxima segunda-feira (15). O objetivo é exigir que a instituição explique os recentes cortes de mais de 1.000 trabalhadores e suspenda imediatamente as demissões feitas sem qualquer diálogo ou justificativa clara.
Durante o encontro, a COE cobrará prioridade na apresentação dos mecanismos de monitoramento utilizados pelo banco — medida considerada arbitrária por colegas que alegam ter sido desligados mesmo após apresentarem alta performance, promoções e prêmios. A coordenadora da COE, Valeska Pincovai, ressalta que muitos trabalhadores “trabalhavam conforme sua rotina exigia” e foram surpreendidos com desligamentos injustificados.
“Esse corte não pode ser empurrado aos trabalhadores como um ajuste organizacional neutro”, declarou Valeska. “Não vamos aceitar que estudantes do home office sejam humilhados como se fossem ‘vagabundos’.” A fala reflete a indignação da categoria diante de demissões massivas sem precedentes, sobretudo em um contexto de crescimento e lucro robusto pelo banco.
O ato de desligar sem prévio aviso, sem advertências e sem diálogo com o movimento sindical configura não apenas desrespeito à Convenção Coletiva de Trabalho, mas também à dignidade profissional. A logística das demissões foi amplamente criticada por representantes sindicais, que questionam os critérios adotados — especialmente a alegação de “baixa aderência ao teletrabalho”.
Para a categoria, a antecipação dessas demissões representa não uma medida técnica, mas uma decisão política. O sindicato entende que, diante do expressivo lucro líquido de R$ 22,6 bilhões anunciado pelo Itaú no primeiro semestre, não há justificativa plausível para demitir em massa, sobretudo com a justificativa asséptica de produtividade.
A reunião do dia 15 não é apenas um canal de diálogo — é também um passo decisivo no enfrentamento à política de precarização. A COE pretende defender a suspensão imediata das demissões, garantir a reintegração e repor as vagas, resguardar o emprego decente e manter a transparência nas relações de trabalho. A mobilização sindical segue firme.
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