Contraf-CUT lança documentário sobre a greve que marcou o Brasil: “Bancários 1985”
- pixealagencia
- há 14 minutos
- 2 min de leitura
Em comemoração aos 40 anos, obra destaca luta histórica da categoria que consolidou direitos, unidade e representação sindical.

A Contraf-CUT lançou oficialmente o documentário “Bancários 1985: a greve que mudou a história do país”, em celebração aos 40 anos da greve nacional da categoria. A produção resgata essa paralisação importante nos dias 11 e 12 de setembro de 1985, que se tornou um marco na retomada dos direitos trabalhistas e da democracia no Brasil.
Naquele momento, o país enfrentava uma inflação galopante, que corroía os salários todos os meses. Mesmo nesse contexto adverso, mais de 500 mil bancários aderiram à greve, paralisando o sistema financeiro nacional. A mobilização ganhou forte apoio da população e da militância sindical, com atuação decisiva da CUT, fundada apenas dois anos antes, em 1983.
O documentário destaca conquistas concretas da greve: foram aprovados reajuste salarial de 90,78% e antecipação de 25%, compensando perdas mensais que chegavam a quase 10%. A ação simbólica também marcou o fortalecimento da organização sindical da categoria e a quebra do isolamento das bases.
Para a categoria bancária, essa luta serviu de virada: surgiram lideranças firmes, houve construção de estruturas nacionais de representação e a luta coletiva mostrou seu poder de transformação. O legado resultou na criação do ramo financeiro dentro da CUT, além de influenciar conquistas como a jornada de seis horas e a aprovação de direitos fundamentais via Convenção Coletiva.
A obra traz depoimentos de quem viveu diretamente esse momento histórico, além de fotos, cartas, imagens de arquivo e relatos emocionantes dos diretores que estiveram à frente daquela mobilização. Em especial, aparecem os ex-dirigentes Marcelo D’Agostini, Carlos Augusto Vasconcelos e Umberto Gil Alcon.
Lançado no dia em que a Greve completa 40 anos, o documentário é uma homenagem à resistência e à capacidade de mobilização dos bancários, e um chamado à memória ativa. É também um convite à nova geração para que reconheça o valor da luta coletiva — porque, como diz o título da obra, “nada foi dado”: cada conquista veio com luta, união e coragem.
Assista:
Comentários