Desregulação Financeira Ameaça a Estabilidade Econômica e os Direitos dos Trabalhadores
- pixealagencia
- há 48 minutos
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Audiência Pública na Alerj destaca riscos da falta de fiscalização sobre fintechs e cooperativas de crédito, alertando para possíveis crises sistêmicas e impactos sociais

A ausência de uma regulação eficaz no sistema financeiro brasileiro tem gerado preocupações crescentes entre especialistas, parlamentares e representantes sindicais. Durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), promovida pelo deputado federal Reimont (PT-RJ) com apoio da deputada estadual Elika Takimoto (PT-RJ), foram discutidos os perigos associados à expansão descontrolada de fintechs, cooperativas de crédito e plataformas digitais de pagamento.
Gustavo Cavazans, técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), destacou que a flexibilização das exigências pelo Banco Central, inicialmente voltada para aumentar a concorrência e facilitar o acesso ao crédito, resultou no crescimento exponencial dessas instituições sem a devida supervisão. Segundo Cavazans, “essas empresas ganharam espaço e algumas delas se transformaram em gigantes do setor, com ativos de R$ 30 bilhões a R$ 300 bilhões, já sendo maiores que a maioria dos cerca de 170 bancos do país”.
Além disso, o professor Moisés da Silva Marques alertou para casos preocupantes, como a criação de instituições financeiras por líderes religiosos e até mesmo por organizações criminosas, evidenciando a urgência de uma regulamentação mais rigorosa. Ele enfatizou que “é preciso criar uma regulação do sistema financeiro”, citando o Papa Francisco: “o dinheiro deve servir, não governar”.
José Ferreira, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, reforçou a importância de envolver a sociedade no debate sobre a regulação financeira, destacando que a falta de fiscalização pode levar a crises semelhantes à de 2008, com consequências devastadoras para a economia e os trabalhadores.
Diante desse cenário, é imperativo que o Congresso Nacional e as assembleias legislativas atuem de forma proativa na criação de um marco regulatório que assegure a estabilidade do sistema financeiro, proteja os direitos dos trabalhadores e promova a justiça social.
Fonte: Sindicato dos Bancários do Rio de ajaneiro. Adaptado para o Sindicato dos Bancarios do Extremo Sul da Bahia.
Fonte: Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro
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